Antônio Henrique afirma que atual gestão deve pacificar tensões na José Avelino
Ao programa Jogo Político, o presidente da Casa pontuou que tem se aproximado da pauta para procurar medidas que conciliem os interesses na região
00:00 | Nov. 30, 0001
O presidente da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), vereador Antônio Henrique (PDT), garantiu, nesta terça-feira, 24, que as tensões vivenciadas entre feirantes da José Avelino devem ser pacificadas durante a atual gestão municipal. Na madrugada da última quarta-feira, 18, um tumulto entre a Guarda Municipal de Fortaleza e os comerciantes da região resultou na morte do feirante Naison Abdenego de Sousa Barros.
Ao programa Jogo Político, o presidente da Casa confessou que, até o momento, estava distante das discussões, mas pontuou que tem se aproximado da pauta. "Hoje estou mais próximo dessa pauta. Não podemos, mesmo querendo ajudar, atrapalhar o acesso das pessoas poderem caminhar e circular na cidade. O espaço público tem que ser respeitado e isso talvez tenha sido o entrave disso", disse Henrique.
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O vereador disse ser possível encontrar um diálogo para pacificar os interesses em torno da região. "Não acho que seja impossível a gente organizar e juntar as duas coisas. Através de um bom diálogo e boa conversa, tanto das pessoas que trabalham no comércio quanto dos estabelecimentos, possa ser que a gente consiga encontrar uma solução para que todos saiam ganhando", garantiu o pedetista.
O parlamentar defendeu a investigação do caso pelo Executivo e disse que o ocorrido é um "caso factual" que não deveria ter ocorrido. "Estamos aqui para defender a organização do espaço público e o direito das pessoas poderem trabalhar e levar o pão de cada dia. Infelizmente aconteceu esse fato que certeza está sendo investigado pelo Executivo para que a gente encontre quem foi o causador dessa morte", disse o presidente da Casa.
A crise social e econômica resultante da pandemia, segundo o parlamentar, tem intensificado a movimentação em torno da José Avelino, o que fez com o que público feirante aumentasse nos últimos anos. "Acredito que agora conseguimos manter esse diálogo e encontrar essa solução", reforçou o presidente. Ele reforçou o diálogo entre poder público e "as pessoas que ali estão em busca de espaço para trabalhar".
Desde a morte do feirante, tanto o Executivo municipal quanto os parlamentares da base aliada na CMFor enfrentam críticas por parte de opositores. As criticas mais intensas partem do deputado federal Capitão Wagner (Pros). "No Ceará e em Fortaleza, no lugar de prender e punir bandidos, um trabalhador foi executado. Cadê o gestor do diálogo que o prefeito disse que seria? Minha solidariedade aos familiares", disse o parlamentar nas redes sociais.