Ministro do Turismo ataca exigência de teste de Covid no Ceará: "Absurdo, segregação"
Em entrevista à Rádio Gaúcha, de Porto Alegre, Gilson Machado priorizou argumentos econômicos e minimizou média de mil mortes diárias da CovidO ministro do Turismo, Gilson Machado, fez nesta sexta-feira, 13, fortes críticas à tentativa do Governo do Ceará de exigir teste de Covid e vacinação para embarque em voos ao Estado. Em entrevista à Rádio Gaúcha, de Porto Alegre, o ministro classificou a ação como “absurdo” e comemorou decisão da Justiça derrubando a exigência.
“Se o Ceará fosse um país, era válido. Mas o Ceará não é um país, o Ceará é o Brasil”, disse. Questionado se a medida não seria uma forma de reduzir a circulação da variante Delta no Brasil, o ministro respondeu priorizando o impacto econômico da medida e revelou ter recebido pressão de empresários do Turismo do Ceará. De olho na alta circulação da nova variante, restrições semelhantes têm sido feitas em vários países.
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“É totalmente inconstitucional, um absurdo. O trade (conjunto de empresários do setor do Turismo) do Ceará me ligou desesperado, as reservas caindo. Uma família de cinco pessoas, que tem a passagem comprada, o cara já tá ali no limite da boa vontade para levar sua mulher, seus filhos, para levar para conhecer, vamos dizer, o Beach Park no Ceará. Aí quando chega, de última hora, tem que fazer cinco exames de PCR, a R$ 450 cada”, diz.
“Isso é totalmente inconstitucional, fere o direito das pessoas. Segregação entre os brasileiros, isso é inconstitucional”. Na entrevista, o ministro também minimizou quadro da Covid no Brasil, atualmente batendo a marca de mil mortes diárias pela doença. “Isso aí (mil mortes diárias) é quando acumula dois, três dias. Nós tivemos dados também de dias com menos de 500 mortes. A curva é decrescente, quando você pega por semana”.