CPI retoma trabalhos nesta terça e mira irregularidades na compra de vacinas

Nesta semana estão previstos depoimentos de intermediários que teriam negociado vacinas sem o aval de fabricantes

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado retoma os trabalhos na próxima terça-feira, 3 de agosto, após o fim do recesso parlamentar de duas semanas. Para esta semana, estão previstos os depoimentos de intermediários que teriam negociado vacinas com o governo sem o aval dos fabricantes.

O primeiro a ser ouvido será o fundador da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), reverendo Amilton, que teria negociado a venda da vacina AstraZeneca em nome do governo. O policial militar Luiz Paulo Dominguetti, que ofereceu 400 milhões de doses do imunizante sem autorização, disse ter contado com a intermediação do reverendo para ser atendido pelo governo federal.

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Francisco Maximiano, presidente da empresa Precisa Medicamentos, que atuou como intermediária durante a negociação para a compra da vacina indiana Covaxin, deveria depor na quarta-feira, mas disse que não poderá ir porque está fora do País. Essa será pelo menos a terceira vez que a oitiva é adiada.

Com isso, o coronel Marcelo Blanco, ex-diretor substituto do Departamento de Logística do Ministério da Saúde (MS) deve ser ouvido na quarta-feira. Ele participou de um jantar onde supostamente ocorreu pedido de propina em negociação para compra do mesmo imunizante (AstraZeneca).

O empresário Airton Soligo, o Airton Cascavel, presta depoimento na quinta-feira, 5. Nome próximo ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, ele teria atuado no MS sem ter cargo oficial. De acordo com a CPI, há registros da participação do empresário em ações exclusivas daqueles que têm cargo na gestão pública, como ações com prefeitos e secretários estaduais da saúde.

 

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