Bolsonaro tira foto com neta de antigo ministro de Hitler
Os deputados Bia Kicis (PSL-DF) e Eduardo Bolsonaro (PSL) também apareceram ao lado dos políticos, conhecidos pelo discurso radical anti-imigração o negacionistas da pandemia.
10:33 | Jul. 26, 2021
O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), posou para foto ao lado de Beatrix von Storch, do partido de extrema-direita alemão AfD. Ela é neta de Ludwig Schwerin von Krosigk, antigo ministro das Finanças do regime nazista de Adolf Hitler. O partido AfD é conhecido pelo discurso radical anti-imigração e recentemente se alinhou ao discurso negacionistas da pandemia.
Na foto que circula pelas redes sociais, Bolsonaro também abraça o marido da presidente da AfD, Sven von Storch. Beatrix von Storch afirmou que a visita teve como objetivo fortalecer suas conexões e "defender nossos valores cristãos e conservadores em nível internacional".
Além do presidente, os deputados Bia Kicis (PSL-DF) e Eduardo Bolsonaro (PSL) também apareceram ao lado dos políticos alemães. "Conservadores do mundo se unindo para defender valores cristãos e a família", disse Kicis, presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados.
Hj recebi a deputada Beatrix von Storch,do Partido Alternativa para Alemanha,o maior partido conservador daquele país.Conservadores do mundo se unindo p/ defender valores cristãos e a família.Conservatives over the word gathering together to stand for family and christian values pic.twitter.com/4I1JLotb6f
— Bia Kicis (@Biakicis) July 22, 2021O Museu do Holocausto, em Curitiba, chegou a se manifestar sobre o encontro de Beatrix com políticos brasileiros. "É evidente a preocupação e a inquietude que esta aproximação entre tal figura parlamentar brasileira e Beatrix von Storch representam para os esforços de construção de uma memória coletiva do Holocausto no Brasil e para nossa própria democracia".
A Alternative für Deutschland (Alternativa para a Alemanha) é um partido político alemão de extrema-direita, fundado em 2013, com tendências racistas, sexistas, islamofóbicas, antissemitas, xenófobas e forte discurso anti-imigração.
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