PF faz buscas contra delegado bolsonarista por corrupção e associação criminosa
Um efetivo de 35 agentes cumpre oito mandados de busca e apreensão contra o servidor público e seis empresários ligados à exploração ilegal de manganês do sudeste do ParáA Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta, 14, a Operação Mapinguari, para investigar um delegado da própria corporação que teria vazado informações sobre ofensiva que mirou uma organização criminosa dedicada à exploração ilegal de minério de manganês.
O principal alvo da operação é Everaldo Jorge Martins Eguchi, o Delegado Federal Eguchi, bolsonarista que foi candidato à prefeitura de Belém nas últimas eleições e que chegou ao segundo turno do pleito em 2020.
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Um efetivo de 35 agentes cumpre oito mandados de busca e apreensão contra o servidor público e seis empresários ligados à exploração ilegal de manganês do sudeste do Pará. As ordens foram expedidas pela 2ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Marabá, que ainda afastou o delegado investigado de suas funções.
As diligências são realizadas em Belém, Marabá, Parauapebas (PA) e em Goianésia (GO). A ofensiva mira supostos crimes de violação de sigilo funcional, corrupção passiva, corrupção ativa e associação criminosa.
De acordo com a PF, a investigação teve início de 2018 e trata de informações vazadas da Operação Migrador - apuração conduzida à época pela Delegacia de Polícia Federal de Marabá.
A corporação aponta que o vazamento prejudicou a apuração, considerando que 'parte dos investigados tiveram conhecimento antecipado da ação policial, acarretando a não localização de alguns alvos no dia da deflagração da operação.
O nome da ofensiva, Mapinguari, faz referência a uma figura lendária protetora da floresta amazônica, diz a Polícia Federal.
COM A PALAVRA, O DELEGADO
Até a publicação desta matéria, a reportagem buscou contato com o delegado federal Eguchi, mas sem sucesso. O espaço permanece aberto a manifestações.