Bolsonaro diz que estado de saúde é consequência de facada dada por um "antigo filiado ao Psol"

Na tentativa de politizar a situação, o mandatário acusou os partidos de esquerda de, na época, impedir sua vitória nas urnas e atentar "contra a nossa democracia"

16:37 | Jul. 14, 2021

Por: Filipe Pereira
"Vamos resolver isso em 2022", disse Bolsonaro durante transmissão semanal (foto: Isac Nóbrega/PR)

O presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais nesta quarta-feira, 14, para comentar sobre seu estado de saúde. Após a constatação de uma obstrução intestinal, o chefe do Executivo nacional será transferido para São Paulo, onde fará exames para detectar a necessidade ou não de uma cirurgia. Mais cedo, o presidente foi internado no Hospital das Forças Armadas em Brasília, após sentir dores abdominais. 

- Agradeço a todos pelo apoio e pelas orações. É isso que nos motiva a seguir em frente e enfrentar tudo que for preciso para tirar o país de vez das garras da corrupção, da inversão de valores, do crime organizado, e para garantir e proteger a liberdade do nosso povo.

— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) July 14, 2021

Em publicação, Bolsonaro atribuiu seu estado a uma "tentativa de assassinato promovida por antigo filiado ao Psol, braço esquerdo do PT", referência dada à facada que recebeu de Adélio Bispo de Oliveira durante sua campanha eleitoral. Na tentativa de politizar a situação, o mandatário acusou os partidos de esquerda de, na época, tentar impedir sua vitória nas urnas e atentar "contra a nossa democracia".  

Logo depois, Bolsonaro afirma que recebeu uma "oportunidade para colocar o Brasil no caminho da prosperidade". "E mesmo com todas as adversidades, inclusive uma pandemia que levou muito de nossos irmãos no Brasil e no mundo, continuamos seguindo por este caminho".  Ele afirmou que precisa tirar "as garras da corrupção, da inversão de valores, do crime organizado" do Brasil e garantir e proteger a liberdade do nosso povo.

Atualmente, o presidente é alvo de inquérito para investigar prevaricação na compra de vacinas. Além disso, no âmbito das investigações da CPI da Covid, ele é suspeito de atrasar a compra de vacinas para o Brasil, causar aglomerações e disseminar informações contra as regras sanitárias para o combate à Covid-19. O presidente também foi criticado por parlamentares e grande parte da sociedade civil por atentar contra as instituições, com constantes ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Congresso. 

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