Mayra Pinheiro aciona STF para suspender quebra de sigilo telefônico
Em mandados de segurança, a secretária Mayra Pinheiro e outros servidores do Ministério da Saúde alegam que se trata de uma decisão arbitráriaA secretária do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, ingressou com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar suspender a quebra dos seus sigilos telefônico e telemático, aprovada pelos senadores da CPI da Covid-19 nesta quinta-feira, 10. Também recorreram o ex-assessor especial de Eduardo Pazuello, Zoser Hardman Araújo, e o o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, Hélio Angotti Neto.
A defesa de Mayra Pinheiro afirma se tratar de um “ato ilegal”, “um excesso abusivo, com intensidade tamanha a ponto de desvestir a impetrante” e uma “violência contra a dignidade”.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
“A devassa imposta pelo ato ilegal, abarcando a quebra de sigilo, inclusive, de sua locomoção e de seus acessos à rede mundial de computadores, apenas para exemplificar, aliada à longa extensão temporal, a partir em abril de 2020, revela nada mais do que uma acintosa violência contra a dignidade da impetrante, notadamente pela circunstância de que não foram apontados nem declinados fatos concretos, mas tão somente suposições no sentido de que a impetrante, por exercer o reportado cargo no Governo Federal, teria participado de ‘reuniões e decisões'”, afirma um trecho da petição.
Já o ex-assessor de Pazuello, Zoser Hardman, alega que a decisão da comissão é “ilegal e arbitrária”, uma vez que não foi convocado a prestar esclarecimentos na CPI e não é investigado. O mesmo argumento foi posto pelos senadores da base governista durante a votação do requerimento.
Nesta quinta-feira, os membros da comissão aprovaram a quebra de sigilo fiscal e bancário de quatro empresas, e telefônico e telemático de 19 pessoas. A transferência do sigilo telefônico inclui o registro e a duração de todas as ligações feitas e recebidas no período delimitado pelos senadores. Já a transferência do sigilo telemático solicita cópias do conteúdo armazenado, lista de contatos, cópia de e-mails e localizações de acesso à conta. Entre os alvos estão os ex-ministros Eduardo Pazuello (Saúde) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores)