Bolsonaristas levantam a hashtag '#ForaTite' após técnico manifestar insatisfação com Copa América no Brasil
O técnico fez uma oposição velada à decisão do Brasil de sediar a Copa América. Segundo ele, os atletas da Seleção Brasileira convergem sobre o assunto e solicitaram uma conversa com o presidente da CBF
19:07 | Jun. 04, 2021
O técnico da Seleção Brasil, Tite, virou alvo de bolsonaristas nas redes sociais após sugerir uma insatisfação com a Copa América no Brasil. A hashtag '#foraTite' já aparece em primeiro lugar nos Trends Topics do Twitter.
De acordo com um levantamento exclusivo da Consultoria Bites, até as 11h30min desta sexta-feira, 4, a hashtag e o nome de Tite foram citados 39 mil vezes. O estudo revela que a maioria dos perfis é da base de apoio do presidente Jair Bolsonaro. Dentre eles, está o vice-líder do governo na Câmara, deputado José Medeiros (Podemos-MT).
“A Copa América ia acontecer na Argentina, Tite e nem ninguém havia dito nada, com certeza iam jogar. Agora de última hora veio para Brasil o palhaço resolve armar circo politizando a coisa, fosse preocupação com saúde teria se manifestado antes”, escreveu.
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Em entrevista coletiva nessa quinta-feira, 3, o técnico fez uma oposição velada à decisão do Brasil de sediar o campeonato. Segundo declarou, os atletas da Seleção convergem sobre a decisão e solicitaram uma conversa "direta e lealmente" com o presidente da CBF, Rogério Caboclo.
"Nós temos uma opinião muito clara e nós fomos, lealmente, numa sequência cronológica, e Juninho externando ao presidente qual nossa opinião. Na sequência, pedimos para que os atletas ficassem focados exclusivamente no jogo contra o Equador, nos atenderam. Na sequência, solicitaram uma conversa com o presidente, direta e lealmente, falando a ele suas opiniões, porque (a opinião) de todos os atletas está muito clara, muito limpa. E foi externada em uma conversa direta e pessoal com presidente e comissão técnica”, disse.
O anúncio de que o Brasil será o país sede da Copa América em 2021 foi feito no último dia 31, pela Conmebol. O Brasil irá abrigar o evento após uma desistência da Colômbia, seguida por outra da Argentina. A decisão desagradou outras personalidades do esporte e alguns políticos, que reforçam a iminência de uma terceira onda no país e lembram que a pandemia justificou a decisão da Argentina.