Mayra Pinheiro presta solidariedade à médica Nise Yamaguchi, alvo de críticas na CPI da Covid
Em passagem na CPI da Covid, a médica defensora da cloroquina foi bastante questionada, sobretudo pelo senador Otto Alencar (PSD-BA), que também é médicoA secretária do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, prestou solidariedade à médica Dra. Nise Yamaguchi após seu depoimento à CPI da Covid nessa terça-feira, 1°. “Não é só por uma uma mulher chamada Nise, é por todas nós mulheres que todos os dias sofremos tentativa de humilhação, agressão física, emocional, constrangimento por parte de homens medíocres e machista. Nós queremos e merecemos respeito”, declarou a secretária em vídeo publicado no seu perfil nas redes sociais.
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A fala foi em referência às investidas dos senadores contra a médica defensora do tratamento precoce contra a Covid. Em vários momentos da sessão, Nise foi frontalmente questionada, sobretudo pelo senador Otto Alencar (PSD-BA), que também é médico.
Durante a oitiva, Otto tentou testar o conhecimento da médica ao perguntar a diferença entre um vírus e um protozoário. Em um primeiro momento, a médica mexeu em uma pilha de papéis que levava consigo, numa ação como quem procurasse respostas. Ao responder a questão, foi corrigida pelo senador, que deu uma explicação mais técnica. O questionamento foi na direção de entender a defesa do tratamento do vírus da Covid-19 com cloroquina, um remédio antiprotozoário.
Em alguns momentos, a médica precisou ser corrigida por declarações falsas ou enganosas. Em outros, não teve oportunidade de falar pois logo era interrompida. Por conta disso, a senadora Leila Barros (PSB-DF), representante da bancada feminina na CPI, fez uma intervenção durante a sessão. “Ela não está conseguindo concluir um raciocínio, eu queria pedir aos senhores, com todo respeito. Vocês sabem o lado que eu estou, mas quem está acompanhando, o que a gente percebe é que existe uma ansiedade muito grande pelas respostas da depoente, da convidada”, ponderou.
Nise Yamaguchi é médica oncologista e imunologista, e foi convidada a prestar depoimento na CPI após ter sido apontada como membro de um suposto “gabinete paralelo” que orientava as medidas de enfrentamento à pandemia do governo federal. Em passagem pela CPI na último 11 de maio, o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, disse ter tido uma reunião como a médica em que foi feita uma sugestão de alteração na bula da cloroquina, indicando o tratamento para covid; ela nega.
Após algumas contradições expostas pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), o colegiado avalia uma reconvocação de Nise, da próxima vez como testemunha, e não mais como convidada, o que limitaria sua prerrogativa de poder contar eventuais mentiras.
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