CPI da Covid: Mayra afirma que nenhum país é obrigado a seguir as orientações da OMS

Médica cearense destacou que OMS falhou diversas vezes, uma delas quando não decretou emergência em janeiro de 2020, mesmo cientes da situação na China

A médica cearense Mayra Pinheiro afirmou em seu depoimento à CPI da Covid que nenhum país é obrigado a seguir as orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo a pediatra, a instituição falhou "diversas vezes" durante a pandemia, uma delas quando não decretou emergência em janeiro de 2020, mesmo cientes da situação na China.

A médica, que comanda a Secretaria de Gestão e Trabalho do Ministério da Saúde, avaliou a falha da OMS em algumas situações, entre elas o decreto de situação de emergência global logo após a disseminação do vírus da Covid-19. "Já era do conhecimento desses consultores que a doença estava manifestada na China, e a orientação da OMS em janeiro era que não se decretasse uma situação de emergência de interesse internacional, mas que fosse apenas feito um alerta global. O mundo inteiro tem relações com a China, sabemos disso hoje, temos certeza que se trata de um vírus de transmissão resistente, e por conta dessa decisão retardada da OMS, nós contaminamos boa parte do mundo", disse. 

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Posteriormente, segundo Mayra, a OMS determinou que não era necessário o uso de máscara, uma vez que se passava de um vírus pesado, transmitido por gotículas. "Foi necessários que seis meses depois, um grupo de mais de 300 cientista fizessem uma carta para OMS recomendando que ela considerasse a contaminação por aerossóis", lembrou. 

A secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde disse ainda que a Organização Mundial de Saúde já fez “recomendações condenáveis” e contribuiu para contaminar “milhões de pessoas” ao não decretar antes a pandemia. "Ao longo da sua existência, a OMS fez recomendações condenáveis, como por exemplo que mulheres portadoras de HIV amamentam seus filhos, sabendo do risco de transmissão. Em 2017, a OMS também deu uma orientação no concessão para o uso de novos antimicrobianos para o enfrentamento de bactérias multirresistentes e que se retirasse o estudo das drogas que tratam tuberculose", completou.  

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