FHC afirma que votaria em Lula em 2° turno contra Bolsonaro
Em uma analogia à suposta vantagem de Lula sobre Bolsonaro, ele afirmou que "é melhor ter a ponte do que alguém que derrube pontes". A fala foi durante uma entrevista na TV Globo
Em entrevista ao programa Conversa com Bial, da TV Globo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) fez críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e disse que votaria em Lula (PT) em um eventual 2° turno entre o petista e o militar da reserva.
Ele lamenta, no entanto, não poder "votar com tranquilidade" contra a reeleição do atual presidente, afastando a possibilidade de que um nome de terceira via seja bem sucedido na disputa. Em uma outra entrevista, à Rádio Eldorado, o tucano destaca que o ideal seria um "centro popular", mas considera não haver nenhum candidato que pudesse incorporar esse perfil.
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Em relação à suposta vantagem de Lula sobre Bolsonaro, ele afirmou que o petista "faz uma ponte. E, em certas circunstâncias, é melhor ter a ponte do que alguém que derrube pontes". "Como pessoa, o Lula é sagaz. Desde que o conheci, fiquei admirado com a capacidade que ele tinha. Ele percebe na hora, e ele muda na hora também. Ele é rápido. Ele não precisa ler, ele percebe", disse.
Em seu perfil nas redes sociais, Lula elogiou a entrevista concedida a Pedro Bial e destacou que sempre teve uma "disputa civilizada" com o tucano, que foi seu adversário nas eleições presidenciais de 1994 e 1998, para quem perdeu em ambas. "Fico feliz que ele tenha dito que votaria em mim e eu faria o mesmo se fosse o contrário. Ele sempre foi um intelectual e sabe que não dá para inventar uma candidatura", escreveu.
Em entrevista à revista francesa Paris Match publicada nesta quinta-feira, 20, Lula confirmou pela primeira vez que irá disputar a sucessão de Bolsonaro no ano que vem.
Mesmo após recuperar seus direitos políticos, o petista, até então, evitava colocar-se como pré-candidato. O anúncio veio pouco tempo depois da divulgação da pesquisa Datafolha, no dia 12 de maio, onde Lula aparece com vantagem, marcando 41% das intenções de voto no primeiro turno, contra 23% de Bolsonaro.