Lula afirma que não fará "jogo rasteiro" com Ciro: "Quando um não quer, dois não brigam"

Nas redes sociais, o ex-presidente rebateu fala em que o pedetista o classifica como o "maior corruptor da história moderna brasileira"

13:02 | Mai. 19, 2021

Por: Filipe Pereira
 Trégua prometida por Ciro em relação a Lula durou pouco mais de uma semana (foto: RICARDO STUCKERT/ INSTITUTO LULA/ARQUIVO)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rebateu, nesta quarta-feira, 19, as críticas feitas pelo ex-governador Ciro Gomes (PDT). Em uma publicação nas redes sociais, o petista disse que gostaria de chamar o pedetista de "amigo", algo que "infelizmente ele não quer". Sobre sua futura relação com o presidenciável, Lula mencionou uma teoria dita por sua mãe, Dona Linu: "Quando um não quer, dois não brigam. Não farei jogo rasteiro".

Eu adoraria dizer que o Ciro é um amigo. Mas infelizmente ele não quer. Mas eu aprendi uma teoria com a minha mãe Dona Lindu: quando um não quer, dois não brigam. Não farei jogo rasteiro.

— Lula (@LulaOficial) May 19, 2021

Na última segunda-feria, 17, Ciro afirmou que "vai para cima" do ex-presidente de Lula nas eleições de 2022. Ministro durante o governo do petista, ele disse ainda que o petista é o “maior corruptor da história moderna brasileira” e que o Brasil "nunca coube" na esquerda, nem na direita. Ele citou partidos como PSB, Rede, PSD e o DEM como possíveis aliados para o próximo ciclo eleitoral.

O embate acontece após o Instituto Datafolha divulgar pesquisa na qual mostra Lula na liderança da corrida eleitoral, à frente inclusive do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que figura na segunda posição, e de Ciro, que aparece em terceiro lugar. Na última semana, o ex-presidente, já de olho em 2022, encerrou seu "tour" de articulações políticas por Brasília. O objetivo principal é atrair o apoio de forças do chamado Centrão, que hoje estão próximas ao chefe do Executivo Nacional. 

Também nos preparativos para o páreo eleitoral, Ciro conquistou vantagem contra Bolsonaro em eventual segundo turno. O ex-ministro venceria o presidente com 48% dos votos, contra 36% do adversário, uma diferença de 12 pontos percentuais. O avanço do pedetista, no entanto, se estabelece apenas em uma eventual segunda etapa da disputa.