Ciro Gomes chama Lula de "maior corruptor da história brasileira" e diz que vai para cima do petista

Declarações ocorrem após pesquisa Datafolha mostrar Lula na liderança da corrida eleitoral de 2022, à frente inclusive do presidente Jair Bolsonaro (sem partido)

12:15 | Mai. 17, 2021

Por: Vítor Magalhães
Ciro Gomes explica polêmica após vídeo em que faz fala sobre favela (foto: AURELIO ALVES)

O ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes (PDT), afirmou que "vai para cima" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022. Ministro durante o governo Lula, Ciro disse ainda que o petista é o “maior corruptor da história moderna brasileira” e que o Brasil "nunca coube" na esquerda, nem na direita. O pedetista citou partidos como PSB, Rede, PSD e o DEM como possíveis aliados para o próximo ciclo eleitoral.

"Quem vai ter que se explicar agora é o Lula porque vou para cima dele", disse. “Lula é parte central da corrupção. Lula é o maior corruptor da história moderna brasileira. E não aprendeu nada. Fica na lambança, prometendo a volta de um passado idílico que é mentira", completou, durante entrevista de pouco mais de uma hora ao jornal Valor Econômico.

Sobre eventual 2° turno, o ex-ministro já considera a possibilidade de disputá-lo contra Lula. "A probabilidade de se dar o segundo turno entre eu e o Lula está crescendo. Acho que Moro e Huck não são candidatos. Nem Doria. Se ele for, será fragilizado porque está muito mal em São Paulo e nunca teve entrada no Brasil. O único organizado, com o partido harmônico, sem confusão, sou eu".

As declarações de Ciro ocorrem após o Instituto Datafolha divulgar pesquisa na qual mostra Lula na liderança da corrida eleitoral, à frente inclusive do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que figura na segunda posição, e de Ciro, que aparece em terceiro lugar.

Gomes projetou ainda que Bolsonaro estará isolado em 2022, inclusive sem apoio de partidos do Centrão. "Bolsonaro está derretendo e o mais conhecido anti-Bolsonaro é o PT e Lula. Engolem as coisas do Lula para derrotar Bolsonaro. Mas se as pesquisas repetirem o que já estão dizendo, que eu derroto Bolsonaro, que Huck derrota, que Doria derrota, esse fator vai ficar menos tenso", concluiu.