Líder da oposição na Câmara pedirá que MPF e TCU investiguem "Bolsolão"
Na manhã desta segunda-feira, 10, o parlamentar usou o Twitter para indicar que seu pedido ocorre devido às "gravíssimas denúncias" de que o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teria criado um orçamento paralelo em troca de apoio no Congresso, prática que configura o chamado "toma lá dá cá"O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Alessandro Molon (PSB-RJ), afirmou em uma rede social que entrará com representação junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) e ao Ministério Público Federal (MPF) para investigar o chamado "Bolsolão" ou “Tratoraço”, caso que ocorre no contexto de uma reportagem do jornal Estado de S. Paulo que afirma que o governo federal montou um orçamento secreto de R$ 3 bilhões em emendas para garantir o apoio de parte do Congresso.
Na manhã desta segunda-feira, 10, o parlamentar usou o Twitter para indicar que seu pedido ocorre devido às "gravíssimas denúncias" de que o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teria criado um orçamento paralelo em troca de apoio no Congresso, prática que configura o chamado "toma lá dá cá".
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Diante das gravíssimas denúncias de que o governo Bolsonaro teria criado um orçamento paralelo para montar uma base aliada no Congresso via toma lá da cá, vamos representar ao TCU e MPF para que investiguem o "Bolsolão".
Segundo a reportagem, o Ministério do Desenvolvimento Regional reconheceu, em um documento, que foram os parlamentares que definiram a aplicação de R$ 3 bilhões em verbas. Uma função que caberia ao ministro Rogério Marinho. A investida de Molon, ainda sem previsão de ocorrer, pode ser um dos primeiros passos da oposição para formar nova frente de investigação contra o governo, que já enfrenta a CPI da Covid no Senado.
Dentre os ofícios que continham as indicações de gastos estão os nomes de 37 deputados e cinco senadores, dentre os quais está o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) a ministra Flávia Arruda (PL-DF), o ex-líder do governo na Câmara, Vítor Hugo (PSL-GO), e o ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
No Twitter, Marinho disse que os recursos das emendas são de indicação do parlamento, tiveram início em 2019 e eram de conhecimento público. Ele alegou ainda que o senador de oposição Humberto Costa (PT-PE) também teve indicações contempladas, e questionou de forma irônica: "O senhor participou de algum tratoraço, senador? Pois o senhor teve uma indicação para a compra de máquinas contemplada.
Será que o senador @senadorhumberto passou a integrar a base do governo @jairbolsonaro? O senhor participou de algum #tratoraço senador? Pois o senhor teve uma indicação para a compra de máquinas contemplada. E isso não poderia ser diferente. Segue pic.twitter.com/zOHmHDK8tY
— Rogério Marinho (@rogeriosmarinho) May 9, 2021