"O Brasil não pode se portar como mendigos", diz Mourão sobre ajuda internacional para a Amazônia
Para o vice-presidente, aquelas ONGs que cooperam com o estado, em determinadas áreas remotas, são bem-vindas nas questões da Amazônia
10:58 | Mai. 07, 2021
Em entrevista à Rádio O POVO CBN, nesta sexta-feira, 7, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, que preside o Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL), disse que o País não pode se “portar como mendigos” sobre pedido por verbas internacionais para preservação da Amazônia.
Mourão reforçou que o CNAL não tem função executiva, mas de coordenação e integração de agências. Sobre a redução de orçamento prevista para o meio-ambiente, Mourão destacou que a questão orçamentária no Brasil é difícil. "Os cortes orçamentários (no meio-ambiente) vêm desde 2014. E nós não podemos também, o Brasil, nos portar como mendigos (no cenário internacional). Parece aquela música: ‘Me dá um dinheiro aí’”, disse.
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Mourão também falou sobre o papel das Organizações Não Governamentais (ONGs) no auxílio à preservação do meio-ambiente. Questionado sobre se a ajuda das ONGS, críticas de sua gestão à frente das questões da Amazônia, é bem-vinda, Mourão rebateu. “Existem ONGs que fazem um trabalho muito bom, mas existem outras que do recurso que elas recebem, 80% vai para pagar salário, viagem, e só 20% vai para aquilo que é a finalidade específica dela”, pontuou sem citar nomes.
Ainda segundo o gestor, se uma empresa funcionar dessa forma, ela vai falir. “Não sou nem tanto ao mar, nem tanto a terra. Aquelas ONGs que cooperam com o estado em determinadas áreas remotas, são bem-vindas”, concluiu.
Segundo o vice-presidente, o problema do País, em relação ao tema, está centrado na emissão de gases causadores do efeito estufa oriundos do desmatamento e que, atualmente, é preciso reprimir grupos que praticam atividades ilegais. “Precisamos ter um projeto de desenvolvimento no sentido de que os brasileiros que vivem na Amazônia tenham emprego sem necessitar de destruir a floresta”, afirmou.