Girão lamenta derrota em CPI: "Fiz minha parte e minha consciência está em paz"
Candidato contra "acordão" para a presidência e relatoria da CPI, o senador cearense contou com apenas três dos 11 votos do grupoO senador Eduardo Girão (Podemos-CE) publicou nota em que avalia sessão de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, realizada nesta terça-feira, 27. Na publicação, Girão lamenta não ter sido eleito para a presidência do grupo, mas destaca que seguirá trabalhando “por uma comissão justa, irrestrita e independente”.
Candidato contra “acordão” que levou Omar Aziz (PSD-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL) para, respectivamente, a presidência e relatoria da CPI, Girão contou com apenas três dos 11 votos do grupo. “Fiz a minha parte e a minha consciência está em paz (...) não conseguimos a presidência, mas vou continuar empenhado em buscar toda a verdade”, diz.
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Com a confirmação de Calheiros na relatoria do grupo, a tendência é que as investigações da CPI acabem focando mais em atuações e omissões do governo federal na condução da pandemia de Covid-19 no País. Eduardo Girão, no entanto, sinalizou que deve atuar para ampliar escopo das apurações, incluindo prefeitos e governadores entre investigados.
“Vou continuar empenhado em buscar toda a verdade, apresentando requerimentos convidando ministros da saúde, governadores, ministro do STF e a própria PGR a prestarem esclarecimentos. A sociedade deseja uma investigação isenta e ampla dos fatos, inclusive com o rastreamento dos recursos destinados aos estados e municípios”.
Apesar de Girão se declarar independente com relação a Jair Bolsonaro, a mesma tese tem sido defendida pelo governo federal desde o anúncio da instalação do grupo. Na manhã de hoje, o senador Marcos Rogério (DEM-RO), alinhado com o governo, fez discurso semelhante ao de Girão, apontando que CPI pode parecer “conspiração” contra Bolsonaro.