Greta Thunberg afirma que Bolsonaro fracassou nas ações ambientais e sobre pandemia
Declaração acontece às vésperas da Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU)A ativista sueca Greta Thunberg participou de coletiva nesta segunda-feira, 19, com o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, em que discutiu a pandemia de Covid-19 e as iniciativas para mobilização da juventude. Na ocasião, a jovem fez críticas ao desempenho de líderes mundiais no combate às crises instaladas ao redor do mundo, em especial ao presidente Jair Bolsonaro, do Brasil.
A ambientalista afirmou que Bolsonaro tem responsabilidade tanto na questão ambiental quanto na resposta negativa do Brasil à crise de saúde. Ao ser perguntada sobre o caso brasileiro, inicialmente, Greta disse: “não acho que deveríamos nos concentrar em falar em indivíduos, já que esse é um problema muito maior”.
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"Só posso falar por mim mesmo, mas acredito que Bolsonaro tem falhado em assumir essa responsabilidade relacionada à resposta ao coronavírus e à mudança climática. E vemos claramente os resultados disso", afirmou a ativista.
Ao comentar sobre a Cúpula do Clima da ONU (COP-26), marcada para novembro em Glasgow, no Reino Unido, e da qual Bolsonaro deve participar nesta semana, Greta disse esperar que as mudanças climáticas ao redor do mundo sejam tratadas como "crise real". A jovem disse ainda que almeja do governo norte-americano a criação de uma cúpula ainda neste mês para tratar da questão ambiental.
Desde a derrota de Donald Trump, o presidente brasileiro tem entrado em choque com Washington, sendo obrigado a rever a efetividade das políticas ambientais brasileiras caso queira manter abertos os canais com a Casa Branca. Na semana passada, Bolsonaro o enviou uma carta a Biden em que afirma ter "muita satisfação em participar do evento” e “assegura seu engajamento na busca de compromissos e resultados ambiciosos para a cúpula”.
Na última sexta-feira, 16, o Fórum de Governadores se reuniu com representantes da secretária-geral adjunta da Organização das Nações Unidas (ONU), Amina Mohamed, e com representantes da Organização Mundial de Saúde (OMS) para solicitar auxílio na viabilização de mais doses de vacinas. Críticos das omissões do presidente, os chefes estaduais defenderam um tratamento especial ao Brasil como uma “ajuda humanitária” diante do reconhecimento dos órgãos internacionais de que o país é o novo centro da pandemia.
No mesmo dia, a ONU antecipou que repassará oito milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 para o Brasil até maio deste ano. Os imunizantes fazem parte do consórcio Covax Facility, com o qual o País tem um contrato que prevê a compra de 42,5 milhões de doses até o fim de 2021.
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