Ciro Gomes é alvo da PF por críticas a Bolsonaro: "Estou pouco me ligando"

O documento é assinado pelo presidente e pelo ministro da Justiça, André Mendonça

O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), é alvo de inquérito Polícia Federal (PF) por críticas feitas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante entrevista à emissora de rádio de Sobral. O documento é assinado pelo presidente e pelo ministro da Justiça, André Mendonça. O caso está na Justiça Federal do DF. A base do documento é o artigo 145 do Código Penal, que versa sobre crime contra a honra.

O pedetista afirmou em novembro do ano passado, após as eleições, que a população havia dado uma resposta de repúdio "ao bolsonarismo, à sua boçalidade, à sua incapacidade de administrar à economia do País e seu desrespeito à saúde pública." Também o chamou de "ladrão".

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"Qual foi o serviço do Moro no combate à corrupção?", questionou Ciro, numa das falas que embasam a abertura do inquérito. 

"Passar pano e acobertar a ladroeira do Bolsonaro. Por exemplo, o Coaf, que descobriu a esculhambação dos filhos e da mulher do Bolsonaro, que recebeu R$ 89 mil desse Queiroz, que foi preso e é ladrão, ladrão pra valer, ligado às milícias do Rio de Janeiro. E onde estava o senhor Sergio Moro? Acobertando", disse o pedetista à rádio.

À reportagem do Estado de S. Paulo, que informou a abertura do inquérito, Ciro disse: "Fui informado da abertura desse inquérito há cerca de dez dias. Estou pouco me ligando".

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