Major Olímpio era rompido com Bolsonaro e adversário de Doria
Fiel apoiador do presidente, senador falecido se decepcionou com proteção dada a Flávio. Em 2020, quase entrou em confronto físico com governador tucanoMorto nesta quinta-feira, 18, após ser infectado pela Covid-19, o senador Major Olímpio (PSL-SP) era rompido com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e adversário do governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), primogênito do chefe do Executivo federal, foi o pivô da separação política entre os dois.
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"Eu não gosto de ladrão. Para mim, ladrão de esquerda é ladrão. De direita, é ladrão. Se for filho do presidente ladrão roubando junto com o presidente, eu vou dizer', afirmou o senador em áudio publicizado em maio de 2020.
Olímpio quis investigação contra o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e chegou a dizer que Bolsonaro mudaria o discurso sobre vacinas apenas em busca de "likes" e "lacração".
Já o desapreço pelo tucano, embora de longa data, ficou evidenciado quando os dois quase entraram em confronto físico. Em março do ano passado, eles brigaram no Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), Zona Oeste de São Paulo.
O tucano tinha agenda na sede do Dope com policiais, que teriam entrado em contato com o senador. Olímpio então foi ao local acompanhado de uma caixa de som. Os dois discutiram, e seguranças retiraram o senador do local.
Já na disputa de 2018, quando foi eleito para o Senado, ele afirmou que votaria em Marcio França (PSB) para o Governo de São Paulo, pois, segundo argumentou, "ambos eram de esquerda".
O "BolsoDoria" usado pelo marketing político do candidato do PSDB, numa aproximação com o movimento que elegeria Bolsonaro contra Fernando Haddad (PT), não havia o convencido.
O fato de o então vice de França, Antonio Neto (PDT), ser da Polícia Militar, fez com que Olimpio escolhesse aquela chapa na urna.