Imprensa internacional repercute decisão que anulou condenações de Lula

Destaque foi para a elegibilidade do ex-presidente que agora poderá concorrer as eleições presidenciais em 2022. Os veículos relembraram as eleições de 2018, em que Lula liderava nas pesquisas de intenção de voto, mas teve a candidatura a indeferida após ser preso.

21:10 | Mar. 08, 2021

Por: Maria Eduarda Pessoa
Lula retomou seus direitos políticos após decisão do ministro do STF Edson Fachin (foto: HENRY MILLEO / AFP)

A decisão da tarde de hoje, 8, do ministro do STF, Edson Fachin, que anulou todas as condenações do ex-presidente Lula no âmbito da Operação Lava Jato, já repercute na imprensa internacional, com destaque para a elegibilidade do petista nas eleições de 2022.

Os veículos também relembraram a disputa presidencial de 2018, em que Lula dificultava as chances de vitória de Bolsonaro, mas teve o registro de candidatura indeferido pelo Tribunal Superior Eleitoral após ser preso.

“Lula perdeu seus direitos políticos e, por isso, foi excluído da disputa eleitoral que levou Jair Bolsonaro à presidência, há mais de dois anos. Aos 75 anos, Lula não descarta se candidatar para a próxima eleição, prevista para 2022", escreveu o jornal espanhol El PAÍS.

Ao conceder o habeas corpus a Lula, Fachin declarou que a 13ª Vara Federal de Curitiba, origem da Lava Jato, não tem competência para julgar os processos que envolvem o ex-presidente. Com a decisão monocrática, o petista recuperou seus direitos políticos e pode disputar as eleições presidenciais do próximo ano, caso manifeste vontade.

Confira como portais internacionais repercutiram a anulação das condenações de Lula:

The Guardian, Reino Unido

"The election starts today … It’s virtually impossible @LulaOficial won’t be a candidate,” says @traumann https://t.co/yjXgR8aLEP

— Tom Phillips (@tomphillipsin) March 8, 2021

"Lula foi presidente da maior economia da América latina por dois mandatos, entre 2003 e 2011, tendo sido responsável por um período histórico de crescimento alimentado por commodities e redução da pobreza. O petista, hoje aos 75, esperava disputar um terceiro mandato em 2018, mas ficou de fora após ser preso por acusações de corrupção"

La Repubblica, da Itália

Supremo Tribunal Federal [do Brasil] anula condenações de Lula, e ex-presidente pode se recandidatar em 2022

"The election starts today … It’s virtually impossible @LulaOficial won’t be a candidate,” says @traumann https://t.co/yjXgR8aLEP

— Tom Phillips (@tomphillipsin) March 8, 2021

"Lula aparecia à frente de todas as pesquisas [eleitorais] quando foi condenado pela Justiça Federal do Paraná em 2018, no âmbito da Operação Lava Jato", lembra o jornal.

El País, da Espanha

Um juiz do Supremo do Brasil anula as condenações de Lula da Silva

ÚLTIMA HORA | Un juez del Supremo de Brasil anula las condenas contra Lula da Silva

https://t.co/kNjeVnnBOb pic.twitter.com/pD2LtKKw4j

— EL PAÍS América (@elpais_america) March 8, 2021

"Lula perdeu seus direitos políticos e, por isso, foi excluído da disputa eleitoral que levou Jair Bolsonaro à presidência, há mais de dois anos. Aos 75 anos, Lula não descarta se candidatar para a próxima eleição, prevista para 2022", escreve o jornal espanhol.

Le Monde, da França

Brasil: ministro do Supremo Tribunal Federal anula condenações do ex-presidente Lula, que recupera seus direitos políticos.

Brésil : un juge de la Cour suprême annule les condamnations de l’ancien président Lula, qui récupère ses droits politiques https://t.co/SzBGRarF2a

— Le Monde (@lemondefr) March 8, 2021

"A decisão, que caiu como uma bomba no Brasil, foi tomada pelo ministro Edson Fachin. Ele considerou que o tribunal [13ª Vara Federal de] Curitiba, no sul do país, que havia condenado Lula em quatro processos, 'não era competente' para julgar esses casos", diz o jornal francês.

Clarín, da Argentina

Brasil: todas as condenações de Lula da Silva são anuladas, e [ex-presidente] poderá voltar a se candidatar

Brasil: anulan toda las condenas contra Lula da Silva y podrá volver a ser candidato https://t.co/TRWdgWub1B

— Clarín (@clarincom) March 8, 2021

"A decisão monocrática de Fachin acontece logo depois do escândalo causado pelo vazamento de mensagens que expôs o que Lula e o PT sempre denunciaram: o trabalho conjunto e secreto dos procuradores e do então juiz Sergio Moro para condenar o ex-presidente antes que pudesse disputar as últimas eleições presidenciais.", explicou o jornal argentino.