Após ser chamada de "aborto", Dilma diz que Ciro quer ser "variante de Bolsonaro"
Fala do pedetista foi criticada nas redes sociais, também, por ser dita nesta segunda-feira, 8 março, Dia Internacional da Mulher.
19:00 | Mar. 08, 2021
O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) classificou nesta segunda-feira, 8, Dia internacional da Mulher, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) como "outro aborto que aconteceu na história brasileira". A fala do possível candidato à sucesso presidencial de 2022 foi dada em entrevista ao portal UOL, quando o jornalista perguntou a opinião sobre ex-presidentes. Dilma reagiu, afirmando que Ciro quer ser uma "variante de Bolsonaro".
Ciro fez esse ataque à Dilma no momento em que criticava postura do PT de insistir no nome dele para 2022 ou em outro bastante ligado a ele. "Nós vamos ficar discutindo: o Lula é elegível? O Lula é inelegível? Olha, esse filme eu já vi. Não contem comigo. Não contem comigo para esse circo mambembe porque a tragédia brasileira não permite mais contemporização", reforçou Ciro.
A entrevista foi concedida momentos antes do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), de anular os processos contra Lula na Lava Jato do Paraná e permitir a candidatura do petista no ano que vem, algo que antes estava vedado pela Lei da Ficha Limpa.
Em resposta às declarações, Dilma respondeu que o pedetista quer parecer ser "uma variante de Bolsonaro", classificando o pronunciamento do ex-governador cearense como parte de discurso de ódio. "Mais uma vez Ciro se dedica a um ataque contra mulheres, de caráter misógino, reforçando a retórica machista e retrógrada tão em voga nos tempos atuais. Esse discurso preconceituoso fica bem aos reacionários, não a quem almeja conduzir os destinos da Nação no século 21", disse a petista.
1 Mais uma vez Ciro se dedica a um ataque contra mulheres, de caráter misógino, reforçando a retórica machista e retrógrada tão em voga nos tempos atuais. Esse discurso preconceituoso fica bem aos reacionários, não a quem almeja conduzir os destinos da Nação no século 21. (...)
— Dilma Rousseff (@dilmabr) March 8, 2021