Bolsonaro: "Tem idiota que diz 'vai comprar vacina'. Só se for na casa da tua mãe!"

O chefe do Executivo voltou a reclamar da medida do Supremo Tribunal Federal (STF) que concedeu a estados e municípios a decisão sobre isolamento e lockdown.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) passou rapidamente por Uberlândia (MG) na manhã desta quinta-feira, 4, horas antes de cumprir agenda em São Simão (GO), para inauguração de trecho da Ferrovia Norte-Sul. Na ocasião, na chegada ao aeroporto local, o gestor cumprimentou apoiadores em meio a aglomeração e reclamou da pressão pela compra de vacinas contra a Covid-19. 

“Tem idiota que diz 'vai comprar vacina'. Só se for na casa da tua mãe. Não tem para vender no mundo”, disparou. Bolsonaro aproveitou para falar sobre a medida vetada por ele, que permitia que estados comprassem as doses e posteriormente fossem reembolsados pela União. “Alguns governadores queriam direito a comprar vacina e quem iria pagar? Eu! Onde tiver vacina para comprar, nós vamos comprar”.

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O chefe do Executivo voltou a reclamar da medida do Supremo Tribunal Federal (STF) que concedeu a estados e municípios a decisão sobre isolamento e lockdown. O presidente caracterizou que a medida deu superpoderes aos chefes de Estado locais e, após mais de 259 mil brasileiros mortos pela doença, ele destacou que “a vida continua”.

Na tarde desta quinta, o presidente publicou nas redes sociais uma critica ao fechamento de atividades durante os decretos de lockdown:

No dia em que o governador Camilo Santana (PT) e o prefeito José Sarto (PDT) anunciaram o reinício do lockdown em Fortaleza, o presidente afirmou também, em Brasília, que, no que depender dele, o Brasil nunca terá lockdown. "Não aguenta mais. O cara quando fecha uma empresa, 10, 12 pessoas mandadas embora, dificilmente arranja emprego novamente", disse.

Nesta quinta, o Ministério Público Federal no Ceará (MPF-CE) encaminhou ao procurador-geral da República, Augusto Aras, documentação que sugere que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) praticou crime contra a saúde pública durante visita oficial ao Estado do Ceará, no último dia 26 de fevereiro. Em ofício, cinco procuradores da República pedem que sejam apuradas as condutas da comitiva presidencial, com as respectivas responsabilizações penais. 

 

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