Perdeu algo da visita de Bolsonaro a Tianguá? Confira os detalhes

Aguardado por apoiadores, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou de carro aberto, promoveu aglomerações, atacou indiretamente o governador Camilo Santana (PT) e criticou as medidas restritivas para evitar a disseminação da Covid-19.

O município de Tianguá, a cerca de 315 quilômetros da Capital, já amanheceu com movimentação maior que o normal nesta sexta-feira, 26. Aglomerados, apoiadores aguardavam desde cedo a chegada do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na cidade, que cumpriu, na cidade, parte de sua agenda para a assinatura de ordens de serviço para obras em estradas federais. 

Aproveitando a movimentação e dispersados entre os presentes, apoiadores do Aliança pelo Brasil, partido que o presidente tenta criar após sair do PSL, aproveitaram o momento a visita do chefe do Executivo em Tianguá para coletar assinaturas. Outros grupos mostravam insatisfação com as barreiras instaladas para evitar a aglomeração e a atuação da Polícia Militar, que impedia a passagem dos apoiadores. 

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Confira a declaração de um dos grupos:

As instalações também estavam em acordo com a recomendação do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), que nesta quinta-feira, 25, orientou que Governo do Estado adote medidas restritivas para ampliar o isolamento social com o objetivo de conter os índices de contaminação por Covid-19 no Ceará.

 

Durante a chegada de Bolsonaro, aconteceu o contrário do recomendado pelo Ministério Público Federal. Sem máscara, o presidente chegou por volta do meio-dia e foi visto em carro aberto lotado. O gestor acenou para apoiadores que o aguardavam no município. O veículo era dirigido pelo deputado estadual André Fernandes, e uma das portas do carro estava aberta.

A medida que se dirigia para a praça Praça Régis Diniz, local onde estava montado o palco que serviria para  pronunciamento, o presidente apertou, durante o percurso, a mão de várias pessoas, tirou fotos e abraçou apoiadores. 

Após ter acesso à área restrita, em desacordo com as medidas sanitárias, Bolsonaro mandou retirar as grades de isolamento e uma multidão tomou conta do espaço, intensificando as aglomeração em torno do palco. A estrutura tinha sido montada para evitar a disseminação da Covid-19. 

Já momento de fala, Bolsonaro discursou para apoiadores afirmou se sentir fortalecido no Ceará. Ao se ater a discursos contra o isolamento social e criticar indiretamente o governador Camilo Santana (PT) e as medidas restritivas, o presidente avaliou receber ataques "24 horas por dia", mas afirmou ser "imbrochável" diante dos adversários. 

Um dia antes da visita, Camilo criticou 'real possibilidade de muitas aglomerações' e disse que não poderia 'compactuar' com a situação. Durante o evento, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidências, Onyx Lorenzoni, rebateu as críticas feitas pelo governador. Lorenzoni defendeu que as pessoas estão indo “voluntariamente” ao encontro do presidente e sugeriu que Camilo não é amado pela população cearense.

As críticas foram acompanhadas por apoiadores com gritos de "Fora, Camilo". Confira o momento:

 

 

 

 

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