"O governador que destrói o seu estado, ele quem deve bancar o auxílio emergencial", diz Bolsonaro

A declaração foi dada durante a passagem do presidente por Caucaia, em crítica aos decretos estaduais de isolamento social

Durante a sua passagem por Caucaia, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou a postura de governadores favoráveis ao isolamento social, dando a entender que a medida seria um fator agravante para os índices de desemprego no Brasil. “Não podemos dissociar a questão do vírus e o desemprego. São dois problemas que devemos tratar de forma simultânea e com a mesma responsabilidade", declarou Bolsonaro.

O chefe do executivo anunciou novas parcelas do auxílio emergencial para os próximos meses, mas destacou que o financiamento deveria ser custeado pelos governos estaduais que adotam medidas de isolamento mais rígidas para conter a disseminação da Covid-19.

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A fala de Bolsonaro pode ser lida como uma crítica direta à atuação do governador Camilo Santana (PT) que, na tarde hoje, 26, anunciou novas medidas de combate à pandemia, restringindo por mais tempo a circulação de pessoas nas ruas.

O anunciou foi dado no perfil do governador no Twitter, após reunião com o Comitê Estadual de Enfrentamento à Pandemia que deliberou, dentre outras coisas, a ampliação do horário para o toque de recolher, estando previsto para 20h às 5h, de segunda e sexta-feira; e entre 19h e 5h aos sábados e domingos.

"Todas as medidas têm um único objetivo: proteger os cearenses e salvar vidas", escreveu Camilo após dar detalhes de como funcionará o novo decreto que passa a valer nesta sábado, 27, e vai até o próximo dia 7.

Na ocasião do evento presidencial, gritos de “Camilo ditador” foram ressonados pelos apoiadores de Bolsonaro durante a fala do deputado federal Capitão Wagner (PROS), que também criticou a atuação de Camilo no Estado.

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