Carreata defende vacinação contra Covid e pede impeachment de Bolsonaro em Fortaleza
Carros e bicicletas ocuparam a orla da Av. Leste Oeste em direção a Vila do Mar na manhã deste sábado, 31, em Fortaleza.
16:03 | Jan. 31, 2021
Grupo de manifestantes se reuniu na manhã desde sábado, 31, na avenida Leste Oeste, em carreata, para protestar contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A concentração começou na Igreja Santa Edwiges, às 9h da manhã. O ato foi convocado nos últimos dias por integrantes de sindicatos de trabalhadores, movimentos populares, jovens estudantes e movimentos popular (CUT Ceará e as Frentes Brasil Popular Ceará e Povo Sem Medo).
Em meio a bandeiras de partidos e entidades sindicais, estampando cartazes com "Fora, Bolsonaro", manifestantes pediram a defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), a volta do auxílio emergencial e a vacinação para a população. Os integrantes percorreram as ruas do Pirambu, encerrando próximo ao Cuca da Barra do Ceará.
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Segundo o presidente da CUT Ceará, entidade que integra a Frente Brasil Popular no Ceará, Wil Pereira, um dos organizadores do evento, a carreata, que ocorreu em outras capitais do Brasil, faz parte da atividade internacional pelo "Stop Bolsonaro". "É em defesa de uma vacina para todos e todas, haja visto que o Brasil já era pra estar entre os três países na linha de frente em respeito à vacinação. Ainda não chegamos nos 2 milhões de brasileiros vacinados. Precisamos que o Governo Federal dê uma importância maior para a política de vacinação", destacou.
O presidente também destaca a defesa do SUS para a universalização da Saúde dentro do contexto de pandemia. “Hoje temos um governo que nega a importância do SUS e, do início da pandemia em 2020 para cá, a gente tem percebido o quanto é importante o sistema para a população que mais precisa”, avalia.
Outro ponto, destaca Will, é o retorno do auxílio emergencial em meio ao crescimento do desemprego. “Nós estamos com quase 14 milhões de brasileiros desempregados, e no setor informal a gente já bate 35 milhões de pessoas que não têm renda”, comenta. A carreata, segundo o presidente, mobilizou centenas de carros, que “atenderam o chamado de maneira espontânea”. "Estamos agora nos organizando para no dia 21 fazermos mais uma atividade dessas de maneira nacional”, adianta.
Presente durante a carreata, o deputado federal Renato Roseno (Psol) destacou a movimentação como um ato de defesa da vida. "Essas carreatas que aconteceram no Brasil inteiro foram a forma de atingir um objetivo, ou seja, guardar segurança dos manifestantes e expressar nas cidades a revolta de uma parcela cada vez maior da população do desprezo do governo Bolsonaro com a vida", disse.
A mobilização também teve dimensão nacional. Em várias partes do Brasil, atos pediram vacina para todos e todas de forma gratuita e universal, manutenção do auxílio emergencial e uma política de desenvolvimento com geração de emprego e renda.
Nas ruas do Rio, de São Paulo e de Brasília, os protestos pelo impeachment de Bolsonaro também voltaram a acontecer durante a manhã deste domingo. Organizados em carreatas, manifestantes em outras capitais criticaram a gestão do governo federal diante o combate à pandemia da Covid-19 e a falta da disponibilização de vacinas para a população.
No Rio do Janeiro, o ato foi organizado por grupos como o Acredito e a Frente Povo Sem Medo. O ato se concentrou em regiões de constante presença de grupos bolsonaristas, partindo da Glória, bairro da zona sul, seguindo até Copacabana. Com cartazes de “Fora Bolsonaro”, os manifestantes pediram maior agilidade na vacinação e a manutenção do auxílio emergencial.
Já na cidade de São Paulo, acompanhada por carros da Polícia Militar. A manifestação percorreu bairros da zona oeste e do centro da cidade até a Avenida Paulista. Os carros presentes no ato, que carregavam bandeiras de partidos políticos de esquerda, de sindicatos de professores e da CUT, seguravam faixas com críticas ao presidente.