Aprovação de Bolsonaro cai de 37% para 26%

Para este fim de semana também estão marcadas carreatas pedindo pela saída do presidente

13:23 | Jan. 22, 2021

Por: Gabriela Feitosa
No primeiro dia de trabalho em Brasília, a declaração do presidente Jair Bolsonaro sobre a situação do País causou enorme estrago na imagem e repercutiu por muitos dias. Ele afirmou a apoiadores que o Brasil está quebrado. Eu não consigo fazer nada. E em meio aos mais de 195 mil mortos no País, disse que o vírus foi potencializado pela mídia. (foto: SERGIO LIMA / AFP)

A aprovação da gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) caiu de 37% para 26%, a maior queda semanal desde o início de seu governo. Agora, está no mesmo nível de junho de 2020, um dos momentos mais críticos da pandemia. A queda acentuada fez com que a desaprovação ao governo saltasse para 45%.

Os dados são de uma pesquisa exclusiva de EXAME/IDEIA, projeto que une Exame Research, braço de análise de investimentos da EXAME, e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública.

O levantamento foi realizado por telefone, em todas as regiões do país, entre os dias 18 e 21 de janeiro. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

Ainda conforme a pesquisa, a desaprovação do presidente é maior nos estratos de maior renda e de maior escolaridade: entre os que ganham mais de cinco salários mínimos, 58% não aprovam a gestão do presidente. No grupo dos que têm ensino superior, 64% desaprovam o governo federal.

A aprovação do presidente, no entanto, segue maior entre os que moram no Centro-Oeste e os evangélicos. Entre os que moram no Centro-Oeste, 36% aprovam o governo Bolsonaro — nas outras regiões do Brasil, esse índice varia de 22% a 27%.

Entre os evangélicos, 38% apoiam o governo Bolsonaro, ante 20% dos católicos e 23% dos que declaram seguir outra religião.

Crise em Manaus e ministro da Saúde

A pesquisa também perguntou se a crise de saúde pública em Manaus, que vive uma deficiência no fornecimento de oxigênio para os hospitais e um aumento substancial de casos de Covid-19, poderia influenciar a avaliação do governo. Para 60% dos entrevistados, o quadro atual na capital amazonense deve impactar o modo como analisam o trabalho do presidente. Para outros 22%, não deve fazer diferença

A pesquisa EXAME/IDEIA também perguntou sobre como a população avalia o trabalho do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Enquanto 28% dos entrevistados consideram o trabalho do ministro como bom ou ótimo, outros 32% consideram a gestão de Pazuello ruim ou péssima. Outros 33% avaliam como regular.

Os dados mostram que a avaliação do ministro é melhor do que a do presidente Bolsonaro, cujo governo 27% consideram bom ou ótimo e 45% acham ruim ou péssima).

Podcast discute a política em torno da vacina: