Ciro chama Wagner de "fascistinha" e promete a Bolsonaro "fim de Mussolini", caso tente golpe

Pedetista afirmou que grandes alianças eleitorais, como a de Sarto contra Wagner, também são modo de enfrentar eventual tentativa de ruptura institucional de Bolsonaro

23:39 | Jan. 18, 2021

Por: Carlos Holanda
Ciro Gomes, ex-governador e ex-ministro que quer ser presidente (foto: FÁBIO LIMA/O POVO)

Ao discorrer sobre o que pensa para a economia brasileira e o que o grupo político dele já aplica no Ceará, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) ligou o modo "metralhadora giratória". Bateu no velho adversário local, Capitão Wagner (Pros), classificado como "fascistinha" e "em tudo e por tudo imitador do Bolsonaro." 

Ao citar indiretamente Wagner, o pedetista recordou as adesões recebidas pela candidatura do aliado Sarto (PDT) em Fortaleza, entre as quais a do Psol, de modo a concluir que articular grandes arranjos político-eleitorais contra candidaturas do campo conservador é também dar um recado ao presidente ultradireitista. 

Ciro, então, se dirige a Bolsonaro: "Então, fazer esse jogo (de alianças) contra o Bolsonaro é também dizer que se ele tentar um golpe no futuro, ou a qualquer momento, nós daremos a ele o destino que teve o Mussolini. Eu, Ciro Gomes, assumo como palavra de honra que estarei na luta de um, de 10 ou de mil para dar a ele o destino do Mussolini, se ele tentar algum golpe no Brasil."

O político cearense conversava com o ex-prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro (PT), com o advogado e professor Wilson Ramos Filho, e com a jornalista Sandra Bittencourt, no evento República e Democracia, transmitido no YouTube.

O POVO buscou Wagner por meio da assessoria de comunicação e aguarda resposta. Na transmissão, Ciro e os convidados expressaram convergências sobre o atual cenário político, sobre governo Bolsonaro, e refletiram sobre saídas políticas à esquerda para a disputa presidencial de 2022, quando provavelmente Ciro e Bolsonaro serão candidatos.

Quem foi Mussolini

Líder do fascismo italiano, Benedito Mussolini (1883-1945) foi morto já ao fim da Segunda Grande Guerra (1938-1945). Em processo de derrocada, o ditador tentava fugir para Suiça quando foi capturado por partisanos, guerrilheiros que ajudaram a derrubar o fascismo.

Foi preso no dia 27 de abril de 1945 junto à sua amante Claretta Petacci, e na sequência condenados à morte. O corpo de Mussolini ainda seria vilipendiado em praça pública. Foi alvo de chutes, balas e cuspes. Ele e Claretta tiveram os corpos pendurados de cabeça para baixo numa viga de metal, num posto de gasolina. As informações históricas foram extraídas do site Brasil Escola, do portal de notícias Uol.

 

O momento da fala de Ciro pode ser assistido a partir 1:08:20: