Arthur Lira questiona possibilidade de votação virtual para Presidência da Câmara

Ele comparou a votação na Câmara às eleições municipais, em novembro de 2020, durante a pandemia da Covid-19. "Qual a verdadeira intenção por trás disso?"

12:06 | Jan. 06, 2021

Por: Redação O POVO
Arthur Lira (PP-AL) tem apoio do presidente Bolsonaro (foto: Câmara dos Deputados)

Candidato do presidente Jair Bolsonaro à Presidência da Câmara Federal, o deputado Arthur Lira (PP-AL) foi ao Twitter nesta quarta-feira, 6 de janeiro, questionar o atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre a possibilidade de que a eleição na Casa ocorra remotamente. Lira atribuiu a vontade também a Baleia Rossi (MDB-SP), seu adversário.

Ele comparou a votação na Câmara às eleições municipais, em novembro de 2020, durante a pandemia da Covid-19. “Qual a verdadeira intenção por trás disso?”, perguntou.

Nas eleições,148 milhões de eleitores tiveram a obrigação de ir às urnas e votar em plena pandemia. Agora,o presidente da Câmara @rodrigomaia e seu candidato @baleiarossi querem votar remotamente na eleição p/presidência da Câmara. Qual a verdadeira intenção por trás disso?

— Arthur Lira (@ArthurLira_) January 6, 2021

As votações na Câmara ocorrem, essencialmente, em regime virtual desde março do ano passado. Para isso, foi desenvolvido um sistema para os deputados participarem das sessões pelos seus celulares com intenção de evitar aglomerações. A Mesa Diretora avalia a votação virtual na eleição com base nas recomendações sanitárias, já que presencialmente 513 deputados deveriam se locomover ao plenário. 

Nos bastidores da Casa, apoiadores de Lira dizem que a votação presencial, como ocorre em tempos de normalidade, pode virar votos no "corpo a corpo". No dia 22 de dezembro do ano passado, o senador Ciro Nogueira, presidente Nacional do Progressistas, enviou documento a Rodrigo Maia reforçando que o regimento da Câmara prevê apenas votações presenciais.

Alguns deputados comentam que a Mesa Diretora também estuda uma espécie de "modelo misto", no qual apenas aqueles deputados que estejam em grupos de risco da Covid-19 votariam remotamente.