Aprovação do Bolsonaro permanece estável em meio à retomada da pandemia no Brasil

Segundo o levantamento realizado pelo Instituto Datafolha entre 8 e 10 de dezembro, 37% dos brasileiros questionados consideram que o presidente está fazendo um trabalho "bom" ou "muito bom".

A aprovação do presidente Jair Bolsonaro segue estável em meio à retomada da pandemia no Brasil, segundo país com mais mortes pelo novo coronavírus, de acordo com uma pesquisa divulgada neste domingo.

Segundo o levantamento realizado pelo Instituto Datafolha entre 8 e 10 de dezembro, 37% dos brasileiros questionados consideram que o presidente está fazendo um trabalho "bom" ou "muito bom".

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Bolsonaro, de 65 anos, registrou o mesmo percentual de popularidade na última medição do Datafolha, em agosto, a maior taxa de aprovação desde que assumiu a presidência em janeiro de 2019.

Além disso, o número de brasileiros que consideram o governo de Bolsonaro "ruim" ou "péssimo" caiu de 34% para 32%, embora os que o consideram "regular" tenham aumentado de 27% para 29%.

O estudo entrevistou 2.016 pessoas por telefone e tem margem de erro de dois pontos.

Os resultados consolidam a popularidade do presidente em um momento em que a pandemia do novo coronavírus, minimizada por Bolsonaro, volta a assustar o Brasil.

O presidente, que minimizou a doença e a chamou de "gripezinha", disse na quinta-feira que o país "está no finalzinho da pandemia" e que não planeja se vacinar.

Especialistas, ao contrário, argumentam que o Brasil atravessa uma segunda onda de contaminações. Depois de uma queda que durou mais de dois meses, a curva de mortes semanais por covid-19 aumentou consideravelmente nas últimas semanas.

Mais de 181.400 pessoas morreram de coronavírus no Brasil, um número só superado pelas mais de 297.000 mortes nos Estados Unidos.

No entanto, a popularidade do presidente aumentou, com variações, em meio à emergência sanitária.

Bolsonaro ganhou respaldo entre os brasileiros mais carentes, que em abril passaram a receber uma ajuda emergencial mensal de 600 reais para amenizar os efeitos da desaceleração econômica causada pela pandemia.

A ajuda financeira foi prolongada até dezembro, embora seu valor tenha sido cortado pela metade.

 

raa/dg/am

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