Aprovação do Bolsonaro permanece estável em meio à retomada da pandemia no Brasil
Segundo o levantamento realizado pelo Instituto Datafolha entre 8 e 10 de dezembro, 37% dos brasileiros questionados consideram que o presidente está fazendo um trabalho "bom" ou "muito bom".
22:27 | Dez. 13, 2020
A aprovação do presidente Jair Bolsonaro segue estável em meio à retomada da pandemia no Brasil, segundo país com mais mortes pelo novo coronavírus, de acordo com uma pesquisa divulgada neste domingo.
Segundo o levantamento realizado pelo Instituto Datafolha entre 8 e 10 de dezembro, 37% dos brasileiros questionados consideram que o presidente está fazendo um trabalho "bom" ou "muito bom".
Bolsonaro, de 65 anos, registrou o mesmo percentual de popularidade na última medição do Datafolha, em agosto, a maior taxa de aprovação desde que assumiu a presidência em janeiro de 2019.
Além disso, o número de brasileiros que consideram o governo de Bolsonaro "ruim" ou "péssimo" caiu de 34% para 32%, embora os que o consideram "regular" tenham aumentado de 27% para 29%.
O estudo entrevistou 2.016 pessoas por telefone e tem margem de erro de dois pontos.
Os resultados consolidam a popularidade do presidente em um momento em que a pandemia do novo coronavírus, minimizada por Bolsonaro, volta a assustar o Brasil.
O presidente, que minimizou a doença e a chamou de "gripezinha", disse na quinta-feira que o país "está no finalzinho da pandemia" e que não planeja se vacinar.
Especialistas, ao contrário, argumentam que o Brasil atravessa uma segunda onda de contaminações. Depois de uma queda que durou mais de dois meses, a curva de mortes semanais por covid-19 aumentou consideravelmente nas últimas semanas.
Mais de 181.400 pessoas morreram de coronavírus no Brasil, um número só superado pelas mais de 297.000 mortes nos Estados Unidos.
No entanto, a popularidade do presidente aumentou, com variações, em meio à emergência sanitária.
Bolsonaro ganhou respaldo entre os brasileiros mais carentes, que em abril passaram a receber uma ajuda emergencial mensal de 600 reais para amenizar os efeitos da desaceleração econômica causada pela pandemia.
A ajuda financeira foi prolongada até dezembro, embora seu valor tenha sido cortado pela metade.
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