Eduardo Girão diz que projeto do PDT é usar Prefeitura de Fortaleza para favorecer candidatura de Ciro em 2022

Coordenador da campanha de Capitão Wagner (Pros) à Prefeitura de Fortaleza concedeu entrevista ao O POVO neste domingo, 29

10:26 | Nov. 29, 2020

Por: Redação O POVO
Senador Luis Eduardo Girão (Podemos) (foto: Barbara Moira/O POVO)

Coordenador da campanha de Capitão Wagner (Pros) à Prefeitura de Fortaleza, o senador Luis Eduardo Girão (Podemos) afirmou neste domingo, 29, de segundo turno em Fortaleza, que o projeto político do PDT com a candidatura de José Sarto é usar o cargo no Paço Municipal para favorecer a candidatura à presidência de Ciro Gomes em 2022. 

"É uma oligarquia que domina, manda e desmanda em Fortaleza há décadas e o projeto deles não é para Fortaleza, o projeto deles é visando tornar a Prefeitura de Fortaleza um bunker para candidatura a presidente de um dos integrantes da família, que é o chefe da família", declarou o senador em entrevista ao O POVO antes de coletiva de imprensa realizada na sede do PSC, na Parquelândia.

Girão faz referência clara a Ciro Gomes (PDT), que deve disputar novamente a Presidência do País daqui a dois anos. O senador ainda disse que acredita que "a Prefeitura não é para isso". "Prefeitura é para melhorar a qualidade de vida do povo, é para resolver os problemas da Cidade, dar um olhar humano para a população e não para projeto político de poder de quem quer que seja, ainda mais um projeto político pessoal", complementou.

Questionado sobre se pretende concorrer como candidato ao Governo do Estado em 2022, Girão não descartou a possibilidade completamente, mas garantiu que sua pretensão atual é de terminar seu mandato no Senado Federal

"Tenho um trabalho a desenvolver no senado, acho que 2022 é muito longínquo ainda e que a gente tem que ter um olhar nesse momento pra Fortaleza, para o povo fortalezense que tá fruto de um descaso das autoridades", completou dizendo ainda que não se licenciou do mandato para a campanha de 2020.

O senador colocou "nas mãos de Deus" a decisão sobre uma possível candidatura ao Governo. "Se depender da minha vontade, quero cumprir meu mandato no Senado Federal, mas minha vida sempre esteve nas mãos de Deus, se ele tocar no meu coração e as pessoas acharem que deve ter algum outro tipo de movimento aí vou realmente avaliar essa situação", comentou.

com informações das repórteres Nathally Kimberly e Gabriela Custódio