Ex-deputado foi preso pela PF; contratos envolvem locação de veículos nos últimos 20 anos

Quase R$ 2 milhões foram apreendidos em empresa no Bairro de Fátima

O ex-deputado cearense alvo de operação da Polícia Federal foi preso nesta quinta-feira, 19. O nome do parlamentar não foi informado pela Polícia Federal, mas foram apreendidos R$ 1.988.635,00 em dinheiro em locadora de veículos localizada no Bairro de Fátima, de propriedade da família do então deputado federal Adail Carneiro (PP). Há quatro anos, na mesma locadora, a Polícia Federal apreendeu R$ 5,9 milhões, na primeira fase da mesma operação, a KM Livre.

A PF informou apenas que o homem preso foi deputado federal e deputado estadual. Antes investigado na operação, foi deputado federal de 2015 a 2018. Antes disso, Adail exerceu mandato de deputado estadual como suplente e, em 2014, foi efetivado no mandato, quando Patrícia Saboya renunciou para assumir vaga de conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Em 2008, ele foi candidato a vice-prefeito de Russas, município onde são cumpridos mandados da operação de hoje.

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São cumpridos 27 mandados de busca e apreensão em Fortaleza, Russas, Caucaia, Mossoró (RN) e Rio de Janeiro (RJ). Entre os contratos investigados, há serviços prestados para a Prefeitura de Fortaleza nos últimos 20 anos, envolvendo as administrações de Luizianne Lins (PT), Roberto Cláudio (PDT) e mesmo antes. O grupo que seria comandado pelo ex-parlamentar teria criado cerca de dez empresas para participar das licitações da Prefeitura.

A Polícia Federal investiga suspeita de fraudes na locação de veículos e motocicletas por órgãos públicos. São apontados desvios de recursos públicos, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro. "Há fortes evidências de lavagem de dinheiro ilícito por meio da aquisição clandestina de corretoras valores e de sociedades em conta de participação do ramo de energia eólica, com a ajuda estratégica de operadores do mercado financeiro", informou a assessoria da PF.

A operação é realizada de forma conjunta entre Polícia Federal e Controladoria Geral da União (CGU).

Com informações de Rubens Rodrigues

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