Acusado de fraudar currículo, novo ministro da Educação tem cerimônia de posse adiada

Cerimônia ainda não ganhou nova data. Bolsonaro exigiu rechecagem do currículo de Decotelli pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin)

18:22 | Jun. 29, 2020

Por: Redação O POVO
Carlos Alberto Decotelli da Silva é acusado de fraudar currículo. Decotelli nega as acusações e afirma "sou ministro", após reunião com Bolsonaro (foto: MArcello Casal Jr/Agência Bras)

A posse do novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, que aconteceria nesta terça-feira, 30, foi adiada e ainda não tem data para acontecer. Segundo informações de Lauro Jardim, colunista do jornal O Globo, a cerimônia foi temporariamente suspensa após Decotelli ter sido acusado de fraudar seu currículo.

As acusações tiveram início logo após o novo ministro ter sido apresentado pelo presidente Jair Bolsonaro, na última semana. Ao expor sobre sua carreira acadêmica, Decotelli afirmou ter o título de doutorado na Universidade de Rosário, Argentina, mas foi desmentido via Twitter pelo reitor da instituição e precisou editar seu currículo Lattes.

Nesta segunda-feira, 29, a Universidade de Wuppertal, na Alemanha, também se manifestou e afirmou que não reconhecia o título de pós-doutorado que Decotelli afirmou ter conseguido na instituição. De acordo com o jornal Correio Braziliense, existe ainda uma suspeita de que o economista tenha plagiado a tese de mestrado que defendeu em 2008, na Fundação Getúlio Vargas (FGV) do Rio de Janeiro.

A desconfiança em torno das suspeitas de fraudes cometidas pelo economista teria levado ao adiamento da sua posse. Segundo afirma a coluna de Lauro, Jair Bolsonaro exigiu uma rechecagem do currículo de Decotelli, que deve ser feita pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin).