Abraham Weintraub diz que está saindo do Brasil "o mais rápido possível"

Demitido nessa quinta-feira, 18, o economista foi indicado pelo governo Bolsonaro para assumir cargo de diretor-executivo do Banco Mundial

10:46 | Jun. 19, 2020

Por: Catalina Leite
União terá que pagar R$ 50 mil de indenização por fala de Weintraub sobre plantação de maconha em universidades federais (foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Um dia após ser demitido do Ministério de Educação (MEC), Abraham Weintraub publicou no Twitter que está “saindo do Brasil o mais rápido possível”. O ex-ministro afirma não querer brigar, pede para o deixarem “em paz” e que não o provocarem.

A publicação foi destinada para a “tigrada e aos gatos angorás (gov bem docinho) [sic]”, sem dar nomes. No tweet anterior, Weintraub responde a uma postagem do governador de São Paulo, João Dória (PSDB), chamando-o de “docinho” em tom jocoso. Na postagem, Dória afirmava que a gestão do ex-ministro significou “anos de atraso” em uma das “áreas mais sensíveis para o futuro do País”.

Aviso à tigrada e aos gatos angorás (gov bem docinho). Estou saindo do Brasil o mais rápido possível (poucos dias). NÃO QUERO BRIGAR! Quero ficar quieto, me deixem em paz, porém, não me provoquem!

— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) June 19, 2020


Em vídeo de despedida, Weintraub anunciou que assumirá cargo no Banco Mundial. O governo brasileiro oficializou a indicação de Abraham Weintraub para diretor-executivo do órgão nessa quinta-feira, 18. A cadeira na diretoria liderada pelo Brasil representa Colômbia, Equador, Trinidad e Tobago, Filipinas, Suriname, Haiti, República Dominicana e Panamá.

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Esta é a segunda demissão de ministro da Educação em pouco mais de um ano. Em abril passado, Weintraub entrou no lugar de Ricardo Vélez. O Ministério da Saúde (MS) também já protagonizou a demissão de dois ministros, durante pandemia de Covid-19, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. Além deles, o governo Bolsonaro acumula mais seis demissões de ministros: Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública), Osmar Terra (Cidadania), Gustavo Canuto (Desenvolvimento Regional), Floriano Peixoto (Secretaria-Geral da Presidência), Santos Cruz (Secretaria de Governo) e Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral).

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