"Sou fruto da mistura que deu origem ao povo brasileiro, inclusive índios", diz Weintraub

O ministro se defendeu do que considerou mentiras da imprensa sobre suas declarações na reunião ministerial divulgada pelo STF na última sexta-feira

12:30 | Mai. 25, 2020

Por: Leonardo Maia
Ministro da Educação, Abraham Weintraub, pode sair do governo a qualquer momento (foto: Agência Brasil)

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, acusou a imprensa de criar mentiras sobre suas declarações na reunião ministerial divulgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta-feira, 22. Através de suas redes sociais, Weintraub insistiu que sua fala fosse reproduzida na íntegra pelos veículos. “Eu sou fruto da mistura que deu origem ao povo brasileiro, inclusive índios!”, defendeu.

Empregados milionários da globo/marinhos, tenham um pingo de honestidade e passem a fala completa! Eu sou fruto da mistura que deu origem ao POVO BRASILEIRO (inclusive índios)! Nós somos o único povo do Brasil! Parem de criar ódio com mentiras! De tentar nos dividir! pic.twitter.com/0sKCWZa8UE

— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) May 25, 2020

Na reunião, o ministro disse odiar o termo "povos indígenas". "Odeio o termo 'povos indígenas', odeio esse termo. Odeio. O 'povo cigano'. Só tem um povo nesse país. Quer, quer. Não quer, sai de ré. Tem que acabar com essa coisa de termos e privilégio”, protestou.

Após a repercussão, o Instituto Cigano do Brasil (ICB) divulgou na sexta-feira, 22, uma nota em que repudia "as falas carregadas de desrespeitos e preconceito racial contra os povos ciganos e os povos originários do Brasil". A entidade disse ainda que manifestações deste tipo são “injustas, covardes e causam grande sofrimento ao nosso Povo Cigano e aos Indígenas".

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Pelas redes sociais, o ministro ainda defendeu que o “desabafo” não foi um discurso pensado. “Eu estava em uma reunião fechada e todos tiveram que entrar sem celular. Sou realmente um cara sincero e educado, como podem constatar”, declarou. Na publicação em que se defendeu, o titular da pasta federal da Educação anexou um vídeo com imagens de povos indígenas, que surgem quando Weintraub se refere ao povo brasileiro.