Weintraub afirma que fará consulta online sobre adiamento do Enem 2020
Suspensão das aulas em razão da pandemia do novo coronavírus faz crescer debate sobre reprogramação de datas para as provas do Exame Nacional do Ensino MédioO ministro da Educação Abraham Weitraub afirmou nesta terça-feira, 19, que o Governo Bolsonaro fará "consulta online" com os estudantes inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para decidir se a prova deve ser adiada em razão da pandemia do coronavírus. Diante de medidas de isolamento social em estados e municípios, o calendário escolar foi alterado, o que afeta a maior parte dos alunos em preparação para o Exame.
"O MEC fará uma consulta, na última semana de junho, a todos os inscritos, através da 'Página do Participante', do @inep_oficial.Vamos manter a data? Adiar por 30 dias? Suspender até o fim da pandemia? O Gov @jairbolsonaro quer saber a opinião dos brasileiros! Democracia é isso!", escreveu no Twitter.
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O titular da pasta reafirmou que o prazo para inscrições no Enem vai até sexta-feira, 22. Ele não detalhou como funcionará a enquete. "Neste momento, 4.000.000 de brasileiros já se inscreveram no #ENEM2020. As inscrições vão até sexta-feira. Há um debate sobre seu adiamento. Nosso posicionamento é saber a opinião dos principais interessados, perguntando diretamente aos estudantes inscritos", publicou o ministro, que já se posicionou anteriormente contra o adiamento.
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que não esperará o Governo Federal fechar posição sobre o tema. Já o Senado Federal, pode votar nesta terça-feira um Projeto de Lei que em seguida irá à Câmara. A sessão corre e, até 19h05min desta terça-feira, o projeto não foi discutido e votado.
Para que o texto não necessite de sanção presidencial e, em vez disso, seja promulgado por Câmara e Senado, as casas devem aprovar um projeto de decreto legislativo (PDL). "Vou pensar os projetos dos deputados e votar tudo junto e vamos promulgar a decisão do Congresso Nacional, espero que o governo possa decidir antes", sinalizou Maia, enfatizando que o debate célere é uma demanda do País.
Na Câmara, grupo de sete deputados, dois deles cearenses, apresentou projeto neste sentido. A iniciativa é encampada por Professor Israel Batista (PV-DF), Tabata Amaral (PDT-SP), Eduardo Bismarck (PDT-CE), Célio Studart (PV-CE), Danilo Cabral (PSB-PE), Raul Henry (MDB-PE) e Tereza Nelma (PSDB-AL).
Bismarck disse ao O POVO que está crescendo dentro do Parlamento, nas duas Casas, um entendimento pelo adiamento das provas. Para ele, a iniciativa de Weintraub de realizar uma enquete é "absurda". "Vai fazer uma enquete entre os inscritos, sendo que uma das maiores críticas é ter de fazer uma inscrição online. Muitos alunos fazem na escola, maioria das classes mais baixas", ele criticou. Neste sentido, também acrescentou que quem tem computador e conexão terá melhores condições de estudo.
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