General e médica pró-cloroquina partem como favoritos para vaga de Teich no Ministério da Saúde
Conheça Eduardo Pazuello, que já é ministro interino, e a oncologista Nise Yamaguchi. Ex-titular da pasta de Cidadania e negacionista da crise do coronavírus, Osmar Terra corre por fora
16:22 | Mai. 15, 2020
O terceiro nome no comando do Ministério da Saúde em menos de um mês, e em meio à pandemia do novo coronavírus, deve ser ou de um general de divisão, que já assumiu o posto interinamente com a saída de Nelson Teich nesta sexta-feira, 15, ou de uma médica que defende o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina no combate à Covid-19.
Segundo o site Congresso em Foco, o general Eduardo Pazuello, que já atuava como secretário-executivo da pasta, e a médica oncologista Nise Yamaguchi, dividem o favoritismo para ser escolhido(a) pelo presidente Jair Bolsonaro para o posto que, há menos de um mês, era comandado por Luiz Henrique Mandetta.
Quem é Eduardo Pazuello
Ainda de acordo com o Congresso em Foco, Pazuello agrada a ala militar do governo e é o sucessor natural de Teich, visto que é o número dois do ministério. Formado pela Academia Militar das Agulhas Negras, em 1984, Pazuello coordenou a Operação Acolhida, responsável por refugiados da Venezuela no Brasil, e comandou a 12ª Região Militar, no Amazonas.
De formação militar, Pazuello não tem relação com a medicina e foi colocado na pasta por indicação do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno.
Pazuello assumiu o cargo num contexto de tutela do então ministro Teich. Ele nomeou militares para os vários escalões do órgão, em uma espécie de intervenção militar na gestão.
Quem é Nise Yamaguchi
A médica oncologista Nise Yamaguchi vem em seguida nas cotações. Nise é oncologista e imunologista do Hospital Albert Einstein e notória defensora do uso da cloroquina no tratamento de pacientes com covid-19. Seu nome também foi cotado para assumir o cargo quando Luiz Henrique Mandetta saiu.
Após participar de cerimônia no Planalto, na manhã desta sexta, a médica se reuniu com presidente Jair Bolsonaro fora da agenda, possivelmente para tratar de sua ida para a vaga de Teich.
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Osmar Terra corre por fora
O deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), outro cotado para assumir a pasta após a demissão de Mandetta, volta ser apontado para a função, mas com menos força que os dois citados.
O gaúcho é médico com especialização em saúde perinatal e aliado político de Bolsonaro. Ele foi ministro da Cidadania e, depois que deixou o posto para reacomodação de Onyx Lorenzoni, Terra chegou a ser cotado para a liderança do governo.
Grande parte dos especialistas da área da saúde temem pela ida de Terra para o ministério. O deputado tem propagado as ideias anticientíficas sobre o novo coronavírus - inclusive sugerindo que a pandemia já estava indo embora, mesmo com os dados indicado o contrário - e defende o isolamento apenas de idosos e pessoas com doenças preexistentes (o chamado grupo de risco). As informações são do Congresso em Foco.
Editores do O POVO comentaram nesta semana a fritura de ministros pelo presidente:
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