"Achava que podia ajudar o Brasil e as pessoas", afirma Nelson Teich sobre sua saída do Ministério da Saúde
O médico fez discurso curto de despedida e não apresentou a justificativa para sua saída do Governo Bolsonaro
Durante coletiva realizada na tarde desta sexta-feira, 15, o agora ex-ministro da saúde, Nelson Teich, afirmou que não aceitou liderar a pasta pelo cargo, mas porque acreditava que "podia ajudar o Brasil e as pessoas". Sem justificar diretamente o motivo da sua saída, o médico agradeceu ao presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) e afirmou que estava deixando um plano de trabalho para auxiliar secretários no combate ao novo coronavírus no País.
"A vida é feita de escolhas e hoje eu decidi sair", afirmou Nelson, no inicio da coletiva. O médico classificou ainda o trabalho realizado como uma luta "diária"e "intensa", lamentando o fato de não ter tido a oportunidade em sua carreira de trabalhar diretamente com o Sistema Único de Saúde (SUS). O ex-ministro fez pronunciamento curto e não apresentou justificativa para sua saída da pasta, afirmando apenas que havia aceitado o cargo para ajudar as pessoas e o País.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
LEIA TAMBÉM | General e médica pró-cloroquina partem como favoritos para vaga de Teich no Ministério da Saúde
Nos bastidores, os principais motivos especulados seriam os choques com Bolsonaro, que defende a reabertura irrestrita do comércio no Brasil, enquanto Teich, tal qual o antecessor dele, Henrique Mandetta, prega cautela para flexibilização gradual. Outro ponto chave seria a insistência do médico em não liberar protocolo de uso precoce da hidroxicloroquina, vendida pelo presidente como uma droga milagrosa contra o coronavírus.
LEIA TAMBÉM | Após saída de Teich, Centrão crítica Bolsonaro e apoio agora é alvo de discussão
Em podcast nesta semana, jornalistas do O POVO analisaram a fritura de ministros por Bolsonaro:
Listen to "#80 - Bolsonaro e a frigideira dos ministros da Saúde" on Spreaker.
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente