Bolsonaro diz que substituto de Moro na Justiça será "surpresa"

Até então, o mais cotado para Ministério da Justiça e Segurança Pública seria o atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira

22:48 | Abr. 27, 2020

Por: Jornal do Commercio
Jair Bolsonaro (foto: EVARISTO SA / AFP)

"Surpresa" é a promessa do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), para a próxima nomeação do líder do Ministério da Justiça e Segurança Pública, pasta que foi ocupada por Sergio Moro, até à última sexta-feira (24). Até o momento, o nome mais indicado para preencher a vaga seria o do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira.

Durante uma conversa com jornalistas, quando chegou ao Palácio da Alvorada, nesta segunda-feira, 27, Bolsonaro admitiu que considera André Mendonça, advogado-geral da União, "um bom nome". Além desta informação, o líder do governo informou que, apesar do conhecimento técnico, está buscando "capacidade de dialogar com outros poderes, que tenha boa entrada no Supremo, Tribunal de Contas da União (TCU), no congresso".

Acerca das indicações políticas, Bolsonaro revelou que vai ser necessário levar em conta "o momento". Ele não descarta indicar um político de carreira para ocupar a pasta. "Não é porque a pessoa foi parlamentar por um tempo que carimbou na testa dele que não pode ser aproveitado em outra função", completou.

Quanto a Jorge Oliveira, o presidente reforçou que confia nele, mas que precisa considerar a sua importância no cargo atual. "O Jorge tem muita experiência. Ele acumula com a SAJ (Subchefia para Assuntos Jurídicos). A SAJ é a alma do presidente. Tem muita coisa que eu assino e leio a ementa, apenas. Eu não tenho como ler e interpretar mais de 10 mil leis no Brasil. A confiança é em primeiro lugar", acrescentou, lamentando que gostaria que "houvesse outro Jorge" disponível.

"Eu entendo que o MJ (Ministério da Justiça) é um cargo que dá muita visibilidade. É igual a SAJ. Muita gente que passou pela SAJ virou ministro do Supremo. É igual o MJ, e lá 80% é segurança. (Thalis Araújo)

Do Jornal do Commercio via Rede Nordeste