Em discurso que nega privilégios em investigações, Bolsonaro diz ter interferido "apenas" no caso do porteiro
Presidente se contradisse ao afirmar que "apenas" interferiu na investigação do porteiro, no caso Marielle
Em meio à polêmica saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça, o presidente Jair Bolsonaro se pronunciou em rede nacional sobre as divergências que culminaram na demissão, como a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo. O chefe do Executivo Nacional garantiu que nunca tentou interferir em investigações da PF.
"Não são verdadeiras as informações de que busquei informações de investigações em andamento. Desculpe Sergio Moro, mas você não vai me chamar de mentiroso. Não existe acusação mais grave pra um militar, pai de família, cristão", afirmou.
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No mesmo pronunciamento, porém, o presidente se contradisse ao afirmar que "apenas" interferiu na investigação do porteiro do seu condomínio, no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco. Ele afirmou que nunca esteve no local, no dia em que o acusado da execução teve a entrada autorizada pela suposta voz do porteiro. "Será que é interferir na PF? Exigir saber o que aconteceu com esse porteiro, saber se ele foi ameaçado, subornado?", questionou.
"Se importaram mais com Marielle, do que com seu chefe supremo", diz Bolsonaro sobre a atuação da PF, comparando o assassinato da vereadora com o atentado à facada da campanha presidencial de 2018. "Quase exigir que a PF se preocupe em descobrir com quem matou Bolsonaro. A PF de Sérgio moro só se preocupou com Marielle". Bolsonaro disse ainda que em conversa com Aleixo na noite dessa quinta o ex-gestor da PF concordou com a exoneração.
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