Moro diz "receber com satisfação" fim da paralisação da PM no Ceará
Antes do acordo, o ministro da Justiça chegou a afirmar que a paralisação dos policiais militares no Ceará era ilegal, mas que os PMs não poderiam ser tratados como criminosos.O ministro da Justiça, Sérgio Moro, fez declarações em sua conta no Twitter sobre o fim da paralisação dos policiais militares (PMs) no Ceará. Logo após o acordo, Moro declarou que "prevaleceu o bom senso, sem radicalismos" e que "recebeu com satisfação" a notícia do fim dos motins.
O ministro também afirmou que "o Governo Federal esteve presente, desde o início, e fez tudo o que era possível dentro dos limites legais e do respeito à autonomia do Estado". A fala fez menção à participação dos agentes da Força Nacional – composta de policiais – e o uso de militares por meio de uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), cuja ação estaria prorrogada até o dia 6 de março no Ceará.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Recebo com satisfação a notícia sobre o fim da greve dos policiais no Ceará.O Gov Federal esteve presente, desde o início, e fez tudo o que era possível dentro dos limites legais e do respeito à autonomia do Estado.Prevaleceu o bom senso, sem radicalismos. Parabéns a todos
No último sábado, 29, Moro falou sobre a paralisação, cuja existência considerou ilegal e inconstitucional. "O governo federal vê com preocupação a paralisação que é ilegal da Polícia Militar do estado. Claro que o policial tem que ser valorizado, claro que o policial não pode ser tratado de maneira nenhuma como um criminoso. O que ele quer é cumprir a lei e não violar a lei, mas de fato essa paralisação é ilegal, é proibida pela Constituição", disse.
Bolsonaro autorizou a GLO no dia 20, após pedido do governador do Ceará, Camilo Santana (PT), dois dias após a PM iniciar a paralisação, em protesto contra plano de reestruturação salarial de policiais e bombeiros militares do Ceará. Em transmissão ao vivo feita na noite de quinta-feira, 27, o presidente reclamou do pedido de prorrogação da operação e mandou Camilo "resolver o problema".