Em transmissão ao vivo, Capitão Wagner critica ex-vereadora, deputados, MP e O POVO

O vídeo foi publicado após matéria do O POVO mostrar que o parlamentar disse, em videoaula, que greves de militares constituem "transgressão disciplinar grave"

22:33 | Fev. 21, 2020

Capitão Wagner criticou uso de reportagem do O POVO por grupos de aliados do governador Camilo Santana (foto: Reprodução/Facebook)

O deputado federal Capitão Wagner (Pros) fez transmissão ao vivo nas redes sociais na noite desta sexta-feira, 21, onde fez críticas a parlamentares, ao Ministério Público e ao O POVO. O vídeo foi publicado após matéria do O POVO mostrar que o parlamentar defendeu, em videoaula publicada em fevereiro de 2019, que greves de militares constituem “transgressão disciplinar grave”.

“Você que receber esse vídeo, faça sua análise. Veja se não é uma tentativa tresloucada de desgastar a minha imagem”, diz o parlamentar. “A cada pesquisa que sai, mais pancada eu levo”, completa, afirmando que o vídeo em análise se tratava de uma aula de legislação, e não uma opinião pessoal. "Não nego não, sou professor com muito orgulho, os alunos gostam muito das minhas aulas”, diz.

Depois, o parlamentar sugere ser vítima de perseguição de funcionários fantasmas da Prefeitura de Fortaleza, e responde críticas da ex-vereadora Toinha Rocha (Rede). “A PF está de olho em gente que recebe sem trabalhar, diz. “Toinha Rocha, meu amor, entendo que você está me desgastando porque está recebendo dinheiro da Prefeitura, quer se eleger”, afirma.

O deputado também critica intenção da Assembleia Legislativa em instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar recursos de associações ligadas a policiais militares no Estado, lembrando que a Casa arquivou comissão semelhante para apurar o Narcotráfico no Ceará em 2018. “Tem denúncia da PF de político envolvido com narcotráfico aqui no Ceará, aí perceberam que ia sobrar para eles”.

Wagner critica ainda resposta do Ministério Público do Estado (MP-CE) a denúncias protocoladas por ele no órgão. “Temos promotores que são extremamente competentes, mas sabe o que está acontecendo? Já mandei umas cinco denúncias para o MP, e sabe o que ele faz? Arquiva sem começar o processo. Eles querem que a gente prove o crime antes de investigar, veja só”, afirma.

O deputado ainda acusa a imprensa cearense de ser dependente de recursos do Governo do Estado. "Vão lá na imprensa, nos devedores do INSS e vão descobrir quem são os maiores devedores. São justamente a imprensa do Estado, depende do Estado, infelizmente a imprensa depende do Estado", afirmou citando o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), de âmbito federal.

O parlamentar também afirma que a imprensa cearense não investiga. Um dos exemplos levantados pelo parlamentar é de supostas irregularidades no Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), que foram primeiro apontadas por reportagens do O POVO de 2015.

Assista à live do Capitão Wagner:

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