Apoiadores de Jair Bolsonaro promovem manifestação em Fortaleza
Entre as pautas defendidas no ato estão a Reforma da Previdência, "CPI da Lava Toga", Lava Jato entre outrosAtualizada às 18h12min
Pouco mais de uma semana após as manifestações contra os cortes na educação, apoiadores de Jair Bolsonaro (PSL) promoveram ato de apoio ao presidente na tarde deste domingo, 26, na Praça Portugal, no bairro Aldeota, em Fortaleza. Por volta das 18 horas, os manifestantes começaram a se dispersar.
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Veja vídeo do protesto
Os protestos ocorrem em cidades espalhadas pelo País. Na Capital, o ato foi organizado por movimentos como a Frente Cearense pelo Novo Brasil, Conexão Patriótica, Endireita Fortaleza, Brasil Conservador e Brasil Indignado. Segundo os organizadores, as manifestações estão ocorrendo em pelo menos 20 municípios do Estado.
Entre as pautas defendidas no ato estão a Reforma da Previdência, "CPI da Lava Toga", Lava Jato, aprovação do pacote anticrime do ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro, além da MP 870 e redução de ministérios.
O Congresso Nacional e o Superior Tribunal Federal (STF) são os principais alvos dos protestos na Praça Portugal. Os manifestantes vaiam o nome dos deputados que votaram para tirar o Coaf do Moro e encaminhar para o Ministério da Economia. Os nomes dos parlamentares estão expostos em um painel.
O aposentado Derileudo Cruz, de 65 anos, disse ao O POVO Online que participa do ato porque acredita que Jair Bolsonaro vai fazer um bom Governo. "Vamos botar todo ladrão na cadeia. Vamos mexer com poder Judiciário, o poder Legislativo, porque está cheio de corrupto lá. Sou a favor do fechamento do Congresso Nacional e do STF", disse o idoso e completou: "Eu peço às forças armadas a frente desses dois poderes. Vai resolver como resolveu em 1964".
Os organizadores do evento estimam que pelo menos 25 mil pessoas participaram do ato.
Um grupo de pessoas veio de Redenção, a 62,8 quilômetros da Capital, para dar apoio ao presidente Bolsonaro. Para a professora aposentada Suely Farias, a atual gestão só não fez mais porque o Congresso Nacional não deixa. "Precisamos libertar o Brasil", concluiu a docente.
Pesquisadores hostilizados
Grupo de 23 pesquisadores que foi ao ato favorável ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirma que foi hostilizado pelos manifestantes. Os profissionais participam do evento a fim de fazer um levantamento do perfil das pessoas que compareceram ao protesto. O teste é feito com base em perguntas sobre as pautas defendidas pelo presidente.
O grupo é composto por integrantes da Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Universidade Federal do Paraná (UFPR). Conforme Jakson Aquino, professor de sociologia da UFC, uma das meninas saiu da manifestação após sofrer ameaças. Ele acrescentou que a todo momento os profissionais são ofendidos.
Confira galeria de fotos da manifestação
Com informações dos repórteres Carlos Mazza e Irna Cavalcante
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