Rodrigo Maia não confirma manutenção do BNB em reunião com frente nordestina
Apesar de Alcolumbre demonstrar interesse em apoiar a bandeira da bancada, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, não mostrou tanta empolgação.A frente nordestina reuniu parlamentares nesta terça-feira, 16, em defesa da manutenção do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e de outro órgãos. Houve encontro com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e com o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Além disso, a frente nordestina esteve presente com Vicente Santini, secretário de Onyx Lorenzoni (DEM-RS), chefe da Casa Civil.
Havia representação das nove Assembleias Legislativas, estando presente seis presidentes. Faltaram os presidentes do Ceará, Pernambuco e Sergipe, embora houvessem outros representantes. Na ocasião, os deputados apresentaram a “Carta de São Luís’, documento que contém as demandas da frente parlamentar.
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O deputado federal Moses Rodrigues (PMDB-CE) afirmou ao O POVO Online que não vê possibilidade de fusão do BNB com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no atual cenário. “Nossa bancada do Ceará foi muito ativa nesse sentido, de estar discutindo. Eu tenho plena convicção de que isso não acontecerá e nem será pautado em nenhum momento nem da agenda do Governo Federal, e nem do ministro Paulo Guedes”.
Outros deputados, como Acrísio Sena (PT-CE) e Danniel Oliveira (MDB-CE), foram menos otimistas. Apesar de Alcolumbre demonstrar interesse em apoiar a bandeira da bancada, inclusive propondo que ampliassem a frente parlamentar do Nordeste para uma frente Norte-Nordeste, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, não foi tão receptivo. A reunião com Alcolumbre durou cerca de uma hora, enquanto com Maia não passou de 20 minutos. “Ele acha que seria absolutamente tranquilo e normal a fusão do Banco do Nordeste com o BNDES”, contou Acrísio Sena ao O POVO Online.
De acordo com Danniel Oliveira, Maia não afirmou se haveria ou não a fusão, nem deu “tranquilidade como o presidente do Senado”, embora tenha deixado claro que caso a medida chegasse a ser aprovada, o Banco do Nordeste continuaria com "seu teor de mecanismo, que é banco de fomento".
“Ele não disse nenhuma palavra clara, se teria ou não, mas nos deixou preocupados porque creio que quem não é nordestino nem nortista, não tem o sentimento que nós temos de defesa.”
Ainda não há previsão de reunião com Onyx. De acordo com Danniel, tudo vai depender do gabinete do chefe da Casa Civil. A preocupação é que após Reforma da Previdência, quando não há mais necessidade de votos qualificados, possa ser efetivada a fusão do Banco do Nordeste. “A reunião hoje com o presidente da Câmara nos deixou mais preocupados ainda”, afirmou Danniel.
Com informações da repórter Luana Vieira
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