Veja o motivo pelo qual Temer foi preso e conheça as outras nove investigações contra ele
Ao todo, são três denúncias e sete inquéritos, atualmente tramitando na primeira instânciaPreso nesta quinta-feira, 21, o ex-presidente Michel Temer (MDB) é alvo de dez investigações. Ao todo, são três denúncias e sete inquéritos, atualmente tramitando na primeira instância. Por determinação do juiz Marcelo Bretas, o emedebista e o ex-ministro Moreira Franco foram levado à prisão acusados de estarem envolvidos no recebimento de R$ 1 milhão em propina da Engevix, que fechou contrato para um projeto da usina de Angra 3 em 2010. De acordo com as investigações, a empresa Argeplan, do coronel João Baptista Lima Filho, amigo de Temer, teria sido usada como fachada para captar os recursos para o ex-presidente.
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Confira as outras investigações contra Temer:
A mala de dinheiro
O ex-presidente foi acusado pelo então procurador da República, Rodrigo Janot, de ter usado o ex-assessor Rodrigo Rocha Loures (MDB) para intermediar o recebimento de uma mala com R$ 500 mil em propina. As investigações do caso foram barradas pela Câmara ainda durante o mandato do emedebista. Contudo, foram liberadas após o fim do período em que ele ocupou a Presidência.
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O silêncio de Funaro e Cunha
Temer é suspeito de tentar atrapalhar investigações e pagar propina para impedir acordo de delação premiada envolvendo o Ministério Público Federal (MPF) e o doleiro Lúcio Funaro. Ele também teria tentado comprar o silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB). O caso também teve as investigações barradas pela Câmara dos Deputados.
Caso dos portos
Apresentada no apagar das luzes do mandato, a atual procuradora da República Raquel Dodge denunciou Temer por supostamente ter recebido propina para editar decreto ampliando em dez anos as concessões portuárias, que passaram para 35 anos.
INQUÉRITOS
Argeplan
A Argeplan aparece em outro inquérito envolvendo o ex-presidente. A administração da empresa é acusada de ter firmado contratos superfaturados com o Tribunal de Justiça de São Paulo para a construção de fóruns. Novamente, Temer é apontado como o proprietário da empresa.
Argeplan e a Fibria Celulose
A Argeplan também teria estabelecido contratos irregulares com a Fibria Celulose. Os valores chegariam a mais de R$ 15 milhões. A empresa, supostamente de propriedade do ex-presidente, teria praticado irregularidades contratuais também com a Construbase Engenharia e a PDA Projeto e Direção Arquitetônica, com valores de R$ 17,7 milhões.
Imóvel da filha
O ex-presidente é acusado de ter lavado dinheiro em uma reforma do imóvel da filha. De acordo com as investigações, a Argeplan estaria envolvida na obra, mas a empresa não teria recebido qualquer reembolso. Os custos teriam sido pagos pelo grupo grupo J&F como pagamento de propina.
Porto de Santos
Durante delação, Flávio Calazans apontou que o ex-presidente teria firmado contrato fantasma com a empresa da empresa Pérola S/A para prestação de serviços no porto de Santos. O valor do acordo ilegal era de R$ 375 mil.
Propina da Odebrecht
Temer é acusado de ter recebido R$ 10 milhões em propina da Odebrecht. Moreira Franco e Eliseu Padilha também são alvos do inquérito. O caso foi revelado por delação premiada de Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da empresa.
Quadrilhão do MDB
À época procurador da República, Janot denunciou Temer e a cúpula do MDB, que envolvia o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, os ex-ministros Henrique Alves, Geddel Vieira, Eliseu Padilha, Moreira Franco e o ex-assessor Rodrigo Rocha Loures por suposta organização criminosa. De acordo com a PGR, eles formaram uma quadrilha que orquestrava formas de obter dinheiro de forma ilícita, tanto do setor público quanto do privado.
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