Mulheres organizam ato contra Jair Bolsonaro em Fortaleza

Mais de 5 mil pessoas confirmaram presença e 11 mil estão interessadas em manifestação contra o presidenciável, marcada para o dia 29

15:30 | Set. 17, 2018

Jair Bolsonaro responde jornalistas em Fortaleza (foto: )
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Iniciadas nas redes sociais, movimentações de mulheres contra o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) estão marcadas para ocorrer em diversas cidades no próximo dia 29. Em Fortaleza, ato está agendado para a Praia dos Crush. Em evento criado no Facebook, são pelo menos 5,3 mil presenças confirmadas e mais de 11 mil demonstrações de interesse.
 
Em todo o Brasil, há pelo menos 42 atos marcados pelo Facebook para o dia 29, em 20 estados e no Distrito Federal.   
 
O evento “Mulheres unidas contra Bolsonaro! - Ceará” diz ser apartidário, e convoca mulheres contrárias ao posicionamento do candidato para ir às ruas. “Não somos uma fraquejada! O Ceará não se curva!”, diz na descrição do evento, em referência à fala do candidato sobre ter tido uma filha mulher após quatro homens.
 
Na Capital, a programação está agendada para começar às 15 horas, com caminhada marcada para as 16 horas. 
  
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Grupo hackeado 
Após ter sido hackeado, o grupo de Facebook “Mulheres Unidas Contra Bolsonaro” voltou a funcionar nesse domingo, 16. Em duas semanas, cerca de 2,5 milhões de mulheres se articulam para tentar impedir a vitória do candidato, considerado machista e misógino.
 
Criado em 30 de agosto, o “Mulheres Unidas Contra Bolsonaro” ganhou ampla repercussão, inclusive na imprensa internacional. No sábado, 15, hackers atacaram a página e as administradoras e alteraram o nome do espaço para “MULHERES COM BOLSONARO #17 (OFICIAL)”. Uma das responsáveis pela comunidade chegou a fazer um Boletim de Ocorrência, na Bahia. De acordo com o depoimento, ela teve as contas de WhatsApp e Facebook e a linha telefônica hackeados. Além de mudar os dados pessoais e a senha dela, mensagens ofensivas foram compartilhadas nas redes pelos hackers. 
  
Após os ataques, personalidades se posicionaram contra a atitude e defenderam a liberdade de expressão. Para não mencionar o nome de Jair Bolsonaro, foi criada a hashtag #elenão para se referir ao presidenciável. 
 
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Redação O POVO Online