Confira as reações de candidatos a presidente à entrevista de Jair Bolsonaro no Roda Viva
Nas redes sociais, presidenciáveis de esquerda repercutiram respostas de Jair Bolsonaro no Roda Viva: "Problema de caráter"
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Candidato à Presidência da República pelo Partido Social Liberal (PSL), Jair Bolsonaro foi o entrevistado do programa Roda Viva, da TV Cultura, nessa segunda-feira, 30. Bolsonaro colecionou uma série de declarações contra pessoas que foram torturadas durante a ditadura, ignorou o golpe militar e a escravidão e afirmou que a "história não está bem contada". Sempre relativizando os fatos.
Nas redes sociais, alguns presidenciáveis comentaram as afirmações de Bolsonaro na coletiva. Candidata pelo PCdoB, Manuela d'Ávila definiu como "problema de caráter" os posicionamentos do entrevistado.
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"O sujeito disse que Mandela não é isso tudo, que Herzog se suicidou, que a escravidão é culpa dos africanos e o que seu livro de cabeceira é o do torturador Brilhante Ustra", escreveu no twitter. "O problema do dito não é de política: é de caráter".
Marina Silva cutucou em dois tweets. No primeiro, diz que "alguém que pergunta no 'posto Ipiranga' questões como saúde e educação não merece o pit stop do voto de ninguém", usando a hastag #RodaViva para especificar a relação do seu comentário. A referência ao "posto Ipiranga" foi feita pelo candidato ao economista da campanha do PSL, Paulo Guedes.
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No segundo, declarou de forma mais ampla sobre os valores que carrega, em contraponto aos valores expressados nas respostas de Bolsonaro. "Jesus Cristo foi um refugiado e nos ensinou sobre amor, respeito, humildade e compaixão, jamais sobre tortura, preconceito e ódio".
O primeiro questinamento da entrevista, feito pela colunista do jornal Valor Econômico, Maria Cristina Fernandes, já foi sobre aceitação da tortura como prática policial. Ela lembrou que o paulista homenageou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, condenado por tortura, durante a votação do impeachment de Dilma Rousseff.
Em resposta, Jair Bolsonaro chegou a dizer que as pessoas inventavam que eram torturadas "para conseguir indenização".
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No Twitter, Guilherme Boulos (Psol) classificou Brilhante Ustra como "um dos torturadores mais abjetos" da ditadura brasileira. "Apologia à tortura é crime pelo artigo 287 do Código Penal. Quem faz deveria estar preso, não ser candidato a presidente da República", escreveu.
Na manhã desta terça-feira, 31, ele voltou a comentar o assunto: "Depois das aberrações de ontem de Bolsonaro, é ainda mais claro que a educação pública precisa incluir a defesa dos direitos humanos e da democracia. Sem acertar contas com o passado, não há presente nem futuro. Como se diz em psicanálise, é um passado que não passa".
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Redação O POVO Online
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