Alckmin defende reformas e descarta retorno de imposto sindical, caso eleito presidente
O presidenciável tucano cogita extinguir o Ministério do Trabalho e rejeita possibilidade de troca de favores para conseguir apoio partidário[FOTO1]
Em entrevista ao programa Roda Vida, na TV Cultura, o pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, reafirmou compromisso com as reformas econômicas. Durante a sabatina, o presidenciável cogitou extinguir o Ministério do Trabalho e negou possibilidade de retorno do imposto sindical.
“Emprego e renda”. É assim que Alckmin pretende caracterizar o governo caso seja eleito presidente do Brasil em outubro próximo. “Reformas estruturantes, simplificação tributárias, reforma da Previdência”, além de “abrir a economia”, destacou o tucano nesta segunda-feira, 23.
Questionado sobre a permanência do PTB no Ministério do Trabalho, caso eleito presidente, Alckmin refutou a presença do partido na Pasta e revelou estudar a extinção do Ministério. O presidenciável pontuou a ausência do PTB em torno da sua candidatura.
[SAIBAMAIS]
Sobre o apoio do centrão (PR, DEM, PRB, PP e Solidariedade), Alckmin afirmou não ter toma lá, dá cá. Segundo o presidenciável, a principal intenção é garantir a governabilidade após eleito. Com o apoio dos partidos, o tucano afirma ser possível fazer as reformas que o País precisa. “Nós vamos fazer um esforço conciliatório, comecei um passo a passo. Numa democracia é convencimento, não tem nada de toma lá dá cá”.
Alckmin defende que “não há hipótese da volta do imposto sindical”, retirado após reforma trabalhista em 2017. De acordo com o ex-governador de São Paulo, a questão do imposto sindical deve ser decidida pelos trabalhadores. No entanto, o Solidariedade, presidido por Paulinho da Força, que passou a apoiar o tucano na última semana, tem como uma das condições para o apoio o retorno de algum financiamento aos sindicatos como prioridade.