Jair Bolsonaro rejeita debate com Alckmin: "Quando ele atingir dois dígitos, ele liga para mim"

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O pré-candidato à Presidência pelo Partido Social Liberal (PSL) Jair Bolsonaro, dispensou o convite do pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, para participar de debate sobre Segurança Pública. Em entrevista por telefone ao jornal O Estado de S.Paulo, o deputado federal ironizou o mau desempenho do ex-governador de São Paulo. “Tem mais o que fazer” e “não tem tempo a perder”, com o tucano, disse.

 

“Ele está perdendo para mim até em São Paulo. Não tenho tempo para ficar discutindo essas coisas com ele. Não tenho tempo para perder com Alckmin. Quando ele tiver na minha frente em São Paulo, ou atingir dois dígitos, ele liga para mim”, afirmou Jair Bolsonaro, enquanto cumpre agenda em Aracaju, Sergipe, nesta quinta-feira, 7.

 

O pré-candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) Geraldo Alckmin, disse em um evento no Rio de Janeiro na quarta-feira, 6,  e depois em sua página no twitter, que teria interesse em debater com Bolsonaro sobre suas propostas para área de segurança.

 

Bolsonaro afirmou que, caso o tucano queira, mandará Major Olímpio (deputado federal, presidente do PSL paulista) para representa-lo no possível debate. “Se ele aceitar, o Major Olímpio, que é policial militar, está à sua disposição”, ironizou.

 

O deputado lembrou que existe uma estratégia sendo usada por outros pré-candidatos para mirarem em seu nome durante a pré-campanha,“o patinho feio tá ficando bonito”. “Eles estão desesperados, coitados”, afirmou.

 

Alckmin apresentou suas propostas para área da segurança para uma plateia esvaziada e enfatizou que não conhece nenhuma proposta de Bolsonaro e ainda propôs o debate. “Até faço o convite a ele, se ele quiser, para fazer o debate sobre Segurança Pública, seja pela televisão, internet ou rádio, para conhecer melhor as propostas e a gente aprofundar o tema”, conta. 

 

Durante a mesma ocasião, o tucano também apresentou sua equipe de segurança que tem o ex-comandante do Comando Militar do Sudeste, general João Campos,ex-secretário Nacional de Segurança Pública, coronel José Vicente da Silva e a ex-delegada da Polícia Federal, Raquel Lyra.

 

Ex-governador aproveitou para destacar a proposta da criação de uma guarda militar e federal para cobrir emergência de segurança em todo o território nacional, falou ainda do aumento do tempo máximo de internação de adolescentes nos casos de crimes hediondos aumentado de três para oito anos, a ampliação das prisões federais e a liberação do porte de arma dentro de casa em áreas rurais, além da criação de uma agência nacional de inteligência.