Filho de Teori Zavascki critica PMDB e levanta suspeita sobre a morte do pai
O advogado Francisco Zavascki questionou se o acidente de avião que matou ex-ministro do STF teria sido proposital. Postagem foi apagada
10:05 | Mai. 18, 2017
[FOTO1] Na noite desta quarta-feira, 17, Francisco Zavascki, filho do ex-ministro falecido e relator da operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, levantou suspeita sobre a morte de seu pai, vítima de um acidente aéreo no Rio de Janeiro, no último dia 19 de janeiro.
"Derrubaram a Dilma e assumiu o Temer. Do que eles são capazes? Será que só pagar o silêncio alheio ou derrubar avião também está valendo?", questionou Francisco. O comentário foi feito em rede social e o post foi apagado em seguida, mas replicado por internautas.
O advogado escreveu que as investigações chegaram muito perto de líderes do PMDB e afirma que Teori sabia quanto "cada um estava afundado em corrupção". No final do texto, Francisco pede desculpas pelo desabafo e disse que não tem "como não pensar que não mandaram matar meu pai", finalizou.
Confira a íntegra da postagem.
"O PMDB está no poder desde sempre e, como todos sabemos, estava com o PT aproveitando tudo de bom que o Governo pode dar… até que veio a Lava jato.
A ordem sempre foi a de parar a Operação (isto está gravado nas palavras dos seus líderes). Todavia, ao que parece, até para isso o PT era incompetente e, ao que tenho notícia, de fato, o PT nunca tentou nada para barrar a Lava Jato (ao menos o pai sempre me disse que nunca tinham tentando nada), o que sempre gerou fortes críticas de membros do PMDB.
O problema é que as investigações começaram a ficar mais e mais perto e os líderes do PMDB viram como única saída, realmente, brecar a Operação a qualquer custo. Para isso, precisava do poder. Derrubaram a Dilma e assumiu o Temer. Do que eles são capazes? Será que só pagar pelo silêncio alheio? Ou será que derrubar avião também está valendo?
O pai sabia de tudo isso. Sabia quanto cada um estava afundando nesse mar de corrupção. Não é por acaso que o pai estava tão afilho [sic] com o ano de 2017.
Aflito ao ponto de me confidenciar que havia consultado informalmente as Forças Armadas e que tinha obtido a resposta de que iriam sustentar o Supremo até o fim!
Que gente sínica [sic]. Não tem coisa que me embrulha mais o estômago do que lembrar que, no dia do velório do meu pai, diante de tanta dor, ainda tive que cumprimentar os membros daquele que foi apelidado naquele mesmo dia de o “cortejo dos delatados”.
Impeachment já!
Desculpem o desabafo, mas não tenho como não pensar que não mandaram matar o meu pai!"
Redação O POVO Online